
As “motofaixas” são uma segurança para todos os envolvidos no trânsito. CRÉDITOS: CDL/BH
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14-04-2025 às 09h44
Direto da Redação*
No ano de 1994 – 31 anos atrás – na Tailândia (Bangkok) na Ásia, uma das coisas que chamaram a atenção, além da beleza arquitetônica, foi uma faixa exclusiva para os motoqueiros. Agora, em 2025, depois de tantos incômodos para os motoqueiros, motoristas e pedestres de Belo Horizonte, não fosse uma articulação do CDL, representante dos lojistas, esta nova velha novidade poderá ser implantada na capital mineira.
As “motofaixas exclusivas” já existem em certas capitais brasileiras e daqui a pouco serão realidade também aqui, para o bem dos motociclistas, principalmente, e para os demais interessados em pôr um freio nessa situação desordenada.
Aqui, os motoqueiros saem em zigue-zague pelas ruas se expondo ao perigo e arriscando motoristas de carros e pedestres. Devido a isso, o CDL solicitou as responsáveis pelo trânsito da cidade a criação das chamadas “faixas azuis” para servirem exclusivamente aos motoqueiros.
Verba considerada expressiva foi incluída no orçamento de BH para custear as “motofaixas”. Uma emenda de R$ 400 milhões já está na Lei Orçamentária Anual de 2025 e o prefeito Álvaro Damião se mostrou a favor da implantação delas, tendo o cuidado de lembrar, onde não tiver limitações de espaço na calha do corredor.
A criação de corredores exclusivos para motocicletas, as “motofaixas”, são uma solicitação antiga da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH).
Desde o ano de 2016, o CDL vem solicitando estudos para criar uma faixa a título experimental. O projeto vai incluir “zona de espera”. A entidade solicita aos órgãos de trânsito da capital estudos para viabilizar a criação delas em algumas vias em caráter experimental. O projeto da criação de “motofaixa” também inclui a “zona de espera”. O chamado “motobox” já foi implementado em vias principais.
Tudo começou a partir da campanha educativa promovida pelo CDL/BH denominada “Ande Seguro” realizada anualmente com foco na conscientização dos motociclistas quanto à importância dos equipamentos de segurança, manutenção preventiva e pilotagem segura.
As “motofaixas” são uma segurança para todos os envolvidos no trânsito porque põem ordem, considerando que o trança-trança dos motoqueiros gera risco e não é à toa, eles são as principais vítimas no dia a dia.
Marcelo de Souza e Silva, presidente do CDL/BH disse que os motoqueiros “desempenham um papel fundamental na logística urbana da cidade e tornaram-se ainda mais essenciais desde a pandemia, com o aumento dos serviços de entrega. É necessário garantir que os veículos que utilizam, bem como o trajeto que fazem, estejam em condições seguras”.
Não há dúvida de que a motocicleta é mais ágil, mas quando o motoqueiro não respeita o código de trânsito – e isso acontece várias vezes ao longo do dia – e saem costurando em meio aos carros, é um perigo constante. As faixas irão pôr uma ordem nisso.
“Acreditamos que a alternativa para aumentar a segurança desse grupo está na implantação de uma faixa exclusiva de motos, conhecida em outras cidades como “motofaixa”, disse o presidente da entidade. Ele, inclusive, entregou à PBH sugestões e análises relacionadas ao projeto de faixas, com o mapeamento das vias que podem receber os corredores exclusivos.
O tema das “motofaixas” foi discutido na Comissão de Mobilidade Urbana, Comércio e Serviços, da Câmara Municipal de Belo Horizonte, por iniciativa do vereador Braulio Lara (NOVO), com a SUMOB e BHTrans mais empresas de transportes, aplicativo e motociclistas. Ao final ficou definido que a Câmara Municipal vai apoiar a iniciativa.
Aproveitando o embalo, seria importante que o CDL/BH se ocupe também de campanhas como a de prevenção à poluição sonora provocada pela descarga de certas motocicletas. Este é um assunto de grande importância porque tem a ver com a saúde pública e deve contar com o apoio da Polícia Militar de Minas Gerais por intermédio do Comando de Policiamento da Capital. Alguns dos motociclistas abusam e poluem até a alma dos cidadãos de BH.