Campanha do Museu Mariano Procópio e Diário de Minas - créditos: divulgação
21-12-2025 às 11h16
Marcelo de Assis*
“Ao acompanhar a trajetória intelectual do autor Sérgio Vicente, construída a partir do acervo da Fundação Museu Mariano Procópio, percebi que sua proposta ultrapassa a mera pesquisa histórica: ele se lança em uma verdadeira imersão no tempo. Cada objeto, cada documento, cada vestígio material ligado a Dom Pedro II torna-se um ponto de partida para a reconstrução de camadas da vida do imperador que, muitas vezes, permanecem ocultas ao leitor comum. Cada detalhe e cada minúcia das interfaces desses momentos sobre a historicidade de Dom Pedro II compõem uma narrativa impecável, precisa, sensível e profundamente visual.
Ele nos conduz por uma imagética narrativa que extrai aprendizados e nos devolve uma compreensão renovada da trajetória do imperador.
Partilhar essas informações relevantes, somadas a toda a estrutura construída, é como registrar um feito colossal. A observação por esse espectro funciona como uma prova sensorial, fazendo o leitor se transportar por uma viagem tão fascinante quanto visceral.
E é impossível percorrer essas análises sem refletir sobre o exílio, um capítulo que revela o lado humano de Dom Pedro II, sua dignidade silenciosa e seu vínculo inquebrável com a cultura, mesmo afastado do país que governou por quase meio século.
Como jornalista, testemunhar esse trabalho minucioso faz com que eu compreenda o valor de preservar o que permanece nos objetos: vestígios que contam, silenciosamente, a história de um país inteiro.”
(Mônica Prado, jornalista)
“Ouvir duas grandes historiadoras [Lúcia Guimarães e Tânia Bessone] num super projeto coordenado por Sérgio Augusto Vicente e publicado no Diário de Minas é sempre um privilégio. A série está imperdível e conta com historiadores de alto nível. Peço licença a todos os colegas participantes, mas quero prestar uma homenagem a essas duas professoras que muito me ensinaram. Vale a pena ler o episódio delas!”
(Tatyana Maia, historiadora)
“Venho cá para dizer que a série de artigos D. Pedro II – 200 anos me deixou bastante curioso e hoje cheguei ao oitavo. Assim, ainda hoje, terei o prazer de ler o nono publicado.
Cada texto, cada autor, a seu modo, proporcionaram a este leitor uma viagem no tempo, silenciosa, imaginativa e investigativa frente a tantos dados e informações históricas.
Toda vez que voltar ao Museu Mariano Procópio terei outro olhar, mais aguçado, conhecedor do que me fora dito nessa série de textos. As paredes me dirão da importância da família Lage (na relação construída) e do que ocorrera no espaço de tempo que ali estivera Sua Majestade.
Tanto me levou a perceber o imperador como um homem inteligente, sóbrio, pensante; capaz de ver além; de usar e fazer uso com visão para alcançar propósitos e construir; meticuloso em corrigir para não cometer inverdades; e ainda, um homem dado às letras e às artes a dar um a mais, uma outra perspectiva, além do pragmatismo.
É possível imaginar e perceber, nas entrelinhas, a trama da vida do monarca desde pequeno, como é conduzido e como conduz por si mesmo, já adulto, de dentro da figura imperial.”
*Marcelo de Assis, escritor

