
Avenida Cristóvão Colombo BH -créditos: divulgação
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26-04-2025 às 10h10
Alberto Sena (*)
Trocar o nome da Avenida Cristóvão Colombo para Avenida Papa Francisco é a maneira mais digna e justa de batizar uma via de tamanha importância no dia a dia da capital.
Uma sugestão para os edis da Câmara Municipal de Belo Horizonte e também para ser absorvida pela população da capital. Câmara e povo, em uníssono, podiam iniciar um movimento para mudar o nome da Avenida Cristóvão Colombo, uma das principais vias da capital mineira, para Avenida Papa Francisco, que neste mês de abril deixou este plano de vida depois de cumprir com galhardia a sua missão.
O marinheiro Cristóvão Colombo, como conta a história antiga na internet, não foi um genocida porque ele não tinha intenção de dizimar a raça indígena que encontrou na América do Norte porque ia precisar dela, mas ele e os dele mataram quantidade enorme de índios. E assim ele, Colombo, deu início a fase genocida dos humanos, o que, infelizmente, perdura até os dias de hoje travestida de roupagens diversas.
O Papa Francisco, argentino de nascimento foi, no entanto, um personagem com atuação universal e prestou importantes serviços não só a igreja dele, mas a toda a humanidade, à medida em que se mostrou aberto para todos os cidadãos da raça humana, sem preconceitos, Afinal, todos são filhos de Deus e são chamados à redenção, mas do modo em que as coisas são encaminhadas neste mundo de desigualdades, poucos serão os escolhidos.
Melhor do que homenagear um homem como Colombo, que, a exemplo de Pedro Álvares Cabral, no Brasil, não descobriu a América, mas a invadiu, quando lá havia só índicos. Como aqui fez Brasil o Cabral.
O professor Darcy Ribeiro, o grande defensor dos índios e da escola de tempo integral, afirma que mais de seis milhões de índios foram dizimados nesse processo de colonização do Brasil.
A mesma coisa se deu com a colonização da América do Norte a partir de invasão proporcionada por Colombo. Cujo nome não merece estar em uma avenida de tamanha importância.
Melhor seria se os vereadores da Câmara Municipal de Belo Horizonte atentassem para essa anomalia a fim de substituir o nome dele pelo nome do Papa Francisco, que fez muito mais por merecer, homem humilde, de paz.
(*) Alberto Sena é jornalista