A Missa do Galo é a celebração católica mais tradicional das noites de Natal. Créditos: Reprodução/Vatican News
26-12-2025 às 09h34
Alberto Sena*
Pelo que dizem ter o Papa Leão XIV falado durante a tradicional Missa do Galo, quando lembrou o verdadeiro sentido do Natal, “Jesus nasceu sem acolhida e continua sendo rejeitado quando negamos ajuda aos pobres, aos migrantes e a quem passa necessidade”.
Diante de um fala de tamanha importância, parece haver alguma coisa destoando baseado no que o Papa falou e a atitude do cardeal Odilo Pedro Scherer, que limitou o padre Julio Lancellotti em sua missão social, a de acolher moradores de rua na jurisdição de sua paródia São Miguel Arcanjo, na Mooca, São Paulo (SP).
Ainda tomando como exemplo um pouco mais da fala atribuída ao Papa, “Celebrar o Natal é reconhecer Cristo em cada pessoa humana, especialmente em quem mais precisa”.
Depois de ouvir isso vindo do coração do Papa, o cardeal Odilo tem mais é que revogar a decisão contrária às boas ações que o padre Lancellotti vem fazendo há mais de 40 anos. Se eu fosse o cardeal, a essa altura estaria tomando uma atitude coerente com o dizer do Papa, com toda humildade.
Isto significa que possivelmente a orientação de limitar o padre não saiu do Vaticano porque o Papa não iria dizer palavras tão profundas e na prática tomar atitude descabida como a do cardeal
Claro que a poda do trabalho missionário do padre gerou repercussão dentro e fora do País. E uma repercussão dessa acaba gerando uma série de especulações. E o cardeal paulista precisa refletir a respeito porque se ele mantiver a decisão, fica parecendo que tudo fez por vaidade, mera vaidade.
A ação do padre em socorro aos necessitados, se estiver incomodando, como disse ele, vamos incomodar até o fim. É isso, nesta missão, sim, se pode dizer que é desempenhada em nome de Jesus Cristo.

