Com o Programa Turismo Acessível, o Ministério do Turismo tem trabalhando para reforçar a importância da acessibilidade como um direito e uma oportunidade de desenvolvimento econômico
09-12-2024 às 08h28
Sérgio Moreira*
O Brasil tem cerca de 18,2 milhões de pessoas com alguma deficiência, o que corresponde a 8,9% da população dessa faixa etária. Com infraestrutura adaptada e experiências inclusivas, o Brasil dá passos importantes para tornar o turismo acessível a todos os visitantes. De praias com cadeiras anfíbias no Nordeste a museus com audiodescrição no Centro-Oeste, iniciativas espalhadas pelo país mostram que inclusão e acessibilidade estão no centro do desenvolvimento turístico nacional.
O Mapeamento de Atrativos, Empreendimentos, Produtos e Serviços de Turismo Acessível do Ministério do Turismo, que traz informações como “O que é o Turismo Acessível”, “Critérios de Caracterização da Acessibilidade”, além de orientações gerais e específicas, ressalta o quanto é essencial garantir que a acessibilidade esteja presente em todas as etapas da experiência turística: desde a busca por informações e reservas até a experiência no destino. Adaptações como rampas, banheiros acessíveis, sinalização em braile, áudio-guias e atendimento treinado são fundamentais para atender ao conceito de turismo para todos.
Com o Programa Turismo Acessível, o Ministério do Turismo tem trabalhando para reforçar a importância da acessibilidade como um direito e uma oportunidade de desenvolvimento econômico e inclusão social, como destaca a Coordenadora de Turismo Responsável do Ministério do Turismo, Laís Campelo.
Conheça algumas delas: Região Sudeste. Com destinos urbanos e naturais, o Sudeste investe na acessibilidade:
- Ouro Preto (Minas Gerais): Roteiros acessíveis em algumas igrejas e museus históricos.
- Parque Ibirapuera (São Paulo): Oferece trilhas adaptadas e guias audiovisuais.
- Museu do Amanhã (Rio de Janeiro): Estrutura completamente acessível com rampas, elevadores e sinalização em braile.
- Aquário de São Paulo: Elevadores e experiências interativas com audiodescrição e Libras.
Região Norte: - Parque Chico Mendes (Acre): Dispõe de trilhas adaptadas com cordas-guia para pessoas com deficiência visual.
- Balneário da Fazendinha (Macapá): Parte do projeto “Praia Acessível”, disponibiliza cadeiras anfíbias para o acesso à água.
- Museu da Cidade de Manaus (MUMA): Com a ferramenta “Giulia Mãos que Falam”, permite tradução de Libras em áudio e vice-versa, promovendo autonomia para pessoas surdas.
- Teatro Amazonas (Manaus): Oferece roteiro em Libras e tour virtual.
- Praia do Prata (Palmas): Cadeiras anfíbias são disponibilizadas, garantindo banho assistido para pessoas com deficiência.
Região Centro-Oeste: - Memorial JK (Brasília): Dispõe de piso tátil, audiodescrição, braile e banheiros adaptados.
- Planetário de Brasília: Com elevador acessível, sinalização tátil e banheiros adaptados.
- Praça dos Três Poderes (Brasília): Acesso sem degraus e estacionamento reservado para pessoas com deficiência.
- Museu Vivo da Memória Candanga (Brasília): Entrada livre de barreiras, audiodescrição e balcões acessíveis.
Região Nordeste: - Praia de Iracema (Fortaleza): Parte do programa “Praia Acessível”, conta com esteiras, cadeiras anfíbias e suporte para banho de mar.
- Pelourinho (Salvador): Calçadas adaptadas e guias para o público com deficiência visual.
- Instituto Ricardo Brennand (Recife): Possui rampas e infraestrutura que facilitam a circulação de cadeirantes.
- Projeto Tamar (Praia do Forte): Trilhas acessíveis e audioguias para visitantes.
Região Sul: - Parque Nacional do Iguaçu (Paraná): Passarelas acessíveis que permitem a visita às cataratas.
- Gramado (Rio Grande do Sul): Hotéis e atrações turísticas adaptados para cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida.
- Jardim Botânico (Curitiba): Rampas e acessibilidade para visitantes com diferentes tipos de deficiência.
Reconhecendo a importância da autonomia para as pessoas com deficiência, o Ministério do Turismo oferece cartilhas gratuitas visando a preparação dos prestadores de serviço para melhor atender a pessoa com deficiência, como as cartilhas “Turismo Acessível – Bem Atender no Turismo de Aventura Adaptada; “Turismo Acessível – Introdução a uma viagem de inclusão”; Turismo Acessível – Mapeamento e planejamento – acessibilidade em destinos turísticos”, dentre outros.
O Ministério do Turismo conta com Guia que traz dicas de como atender bem turistas com deficiência. A publicação foi produzida em parceria com o Conselho Nacional da Pessoa com Deficiência e com o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania. Nele, o leitor pode entender os conceitos básicos sobre acessibilidade, desenho universal, exemplos de deficiência, capacitismo e dicas de como atender bem este público.
*Coluna Minas Turismo Gerais – Jornalista Sérgio Moreira informações para a coluna sergio51moreira@bol.com.br