Uma coleção de fotos, cartas manuscritas, documentos, livros raros e condecorações que fizeram do ex-ministro da Fazenda no governo de JK um grande personagem da nossa história recente
12-12-2024 às 09h56
Direto da Redação
Como diria o baiano Rui Barbosa, a estatura do homem é medida da testa para cima, caso do bocaiuvense José Maria Alkmin, primo do vice-presidente da República Geraldo Alkmin. Ele teve nesta quarta-feira, 11, a inclusão oficial de todo o seu arquivo como político, no Instituto Histórico e Geográfico Nacional, no Rio de Janeiro, que agora dispõe do rico acervo dele, homem que foi importante para nossa contemporaneidade.
O Instituto Nacional foi fundado em 1838 e não é a toa que é chamado “Casa da Memória Nacional” e conta agora com o ineditismo do material do influente José Maria, em que foi no seu tempo um exemplo de como exercer a verdadeira política sem os subterfúgios existentes nos nossos tempos.
Uma coleção de fotos, cartas manuscritas, documentos, livros raros e condecorações que fizeram do ex-ministro da Fazenda no governo de Juscelino Kubistchek (JK) um grande personagem da nossa história mais recente.
Ele nasceu em 1901, em Bocaiúva (MG), a meia hora de carro de Montes Claros, e faleceu em 1974.
José Maria teve a sorte de ir para Diamantina (MG), lá conheceu as duas pessoas que acabaram por marcar sua vida sob todos os aspectos, a futura esposa, Maria das Dores Fonseca Alkmin, nascida Maria das Dores Kubitschek da Fonseca, com quem teve quatro filhos; e o médico Juscelino Kubitschek de Oliveira, primo de sua mulher e futuro presidente da República. Ele e Juscelino seriam colegas no serviço telegráfico do Estado de Minas Gerais, quando estudantes de ensino superior, e entrariam para a política por volta da mesma época.
Na ocasião, Alkmin candidato a deputado, Kubitschek como secretário da Casa Civil do governo de Benedito Valadares e, logo depois, como prefeito nomeado da capital do Estado, Belo Horizonte.
A partir de JK presidente, José Maria teve atuação intensa e importante, demonstrando toda a sua competência como articulador, tendo se candidatado em 1933 à Assembleia Nacional Constituinte, promulgada em junho de 1934 e viveu no período do regime militar.
Elegeu-se mais uma vez em 1964, e aliou-se ao governador de Minas Gerais, José de Magalhães Pinto, nas articulações que culminaram na derrubada do presidente João Goulart no mês de abril.