26-02-2024 às 09h:42

Direto da Redação

Quem anda pelas ruas adjacentes ao Centro de Belo Horizonte já deve ter sentido um cheiro agridoce a perfumar o ar. Mesmo neste ar nosso poluído pelo monóxido de carbono escapado dos canos de descarga dos carros – fora os gases e o mau cheiro sentido em alguns pontos da cidade – ainda assim se pode sentir o perfume delicioso espargido pelo vento após lamber as flores de Murta, uma planta que nem chega a virar árvore de porte, está mais para arbusto, a embelezar e a aromatizar a nossa urbe.

Murta é encontrada na arborização da capital em ruas como a Rio de Janeiro, Bahia, São Paulo, entre outras e é conhecida por vários nomes: Murta-de-cheiro, Dama-da-noite, Jasmim-laranja, Murta-da-índia, Murta-dos-jardins; vários são os nomes, mas o cheiro é o mesmo.

Vale a pena, ainda mais nesses tempos de cheiro de pólvora no ar, deixar o carro na garagem e sair para andar, com lenço e com documentos, porque dá para suar, e se porventura tiver de se identificar em algum lugar, o documento estará à mão.

O mais importante, entretanto, é a gente andar. Enquanto o camarada anda, tudo funciona melhor, espírito, mente, emocional e corpo. Mais, muito mais o exercício de bater os calcanhares no chão faz. Enche os olhos de quem os tem para enxergar, enquanto se vai a fazer reflexões, exercendo o direito individual e intransferível de viver a vida da melhor maneira possível, mesmo se considerando ser um reles humano, sempre a buscar cultivar o bom humor assim como o sertanejo lá do Norte de Minas cultiva a sua “glebazinha” para se auto sustentar, e, também, aos seus, apesar das agruras.

Mas nem só Murta ou Dama da noite há na arborização urbana. O exercício de observar – contemplar – o que de natural a gente encontra pelas ruas, é relaxante, gratificante. Considero a melhor poupança a fazer. Os resultados são visíveis a olho nu.

Na mais recente incursão pela cidade, trouxe um pouco de Murta e de outras flores encontradas pelo caminho.

Ande. E contemple o que de natural encontrar na rua.