Português (Brasil)

Justiça é o que eles querem, 5 anos depois

Justiça é o que eles querem, 5 anos depois

Os parentes das vítimas de uma das maiores tragédias brasileiras na área de mineração só pensam nisso, Justiça. E que isso nunca mais se repita em lugar nenhuma

Compartilhe este conteúdo:

25-01-2024 às 17:27h.

Direto da Redação

Cinco anos depois da tragédia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, indícios da lama que consumiu a vida de 272 pessoas, sendo que até hoje três corpos continuam sendo procurados, são encontrados na alma das pessoas de um modo geral.

Não há como esquecer um acidente desse de tamanha proporção e os próprios parentes das vítimas fatais e as que conseguiram se safar e vivem com lesões no corpo para o resto da vida, estão cuidando de organizar manifestações.

Eram 12h28 daquele dia fatídico quando a Barragem I (B1) da Vale S.A. rompeu e enlameou 26 municípios da região e as imagens não saem da cabeça de ninguém e todos se mantêm empenhados por justiça.

No primeiro ato do dia, o bispo Dom Francisco Cota procedeu a celebração da Eucarística com a presença de parentes das vítimas, gente das comunidades atingidas, integrantes de movimentos pastorais e sociais, entidades da sociedade civil e outras pessoas.

Depois da missa estava prevista uma caminhada desde o Santuário até o letreiro de Brumadinho, na entrada da cidade, com uma homenagem preparada pela Associação dos Familiares das Vítimas e Atingidos pelo Rompimento da Barragem em Brumadinho (Avabrum).

Ainda para a parte da manhã, 11h30, estava programada apresentação musical com a participação de Rafael Librelon, músico da região, na Praça da Joia. Previsto estava também discurso da parte da direção da Avabrum. No horário exato do acidente os presentes ali fariam “um minuto de silêncio” em homenagem às vítimas da tragédia.

Para homenagear os mortos, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) fará hasteamento de bandeiras e coroa de flores no memorial das vítimas no Espaço Democrático José Aparecido de Oliveira.

Em homenagem aos soterrados pela lama da Vale, na cidade de São Paulo, Avenida Paulista, está marcada uma performance do Instituto Camila e Luiz Taliberti. Criada por familiares e amigos das vítimas que dão nome à organização, o objetivo é também despertar a atenção para a impunidade dos responsáveis pela tragédia.

Neste sentido será apresentado o “Ato Memória e Justiça”, pelas vítimas do rompimento da barragem de Brumadinho. “São cinco anos sem respostas e a certeza de que continuaremos lutando pela responsabilização dos envolvidos”, divulgou Helena Taliberti, que é presidente do Instituto.

E tem mais: a TUV Dud, empresa alemã, que certificou e atestou a estabilidade da barragem, está envolvida em um processo de indenização de R$ 3,2 bilhões. Corre pela Corte Regional de Munique, desde 2019. São 1.400 autores que querem uma solução o quanto antes.

A Vale S.A., por sua vez, dá conta de que mais de 15,4 mil pessoas estão recebendo indenizações de Brumadinho e nos municípios da Bacia do Paraopeba, além dos territórios que foram evacuados preventivamente. Foram acertados acordos de indenização que a empresa diz ter sido no valor de 3,5 bilhões.

Compartilhe este conteúdo:

 

Synergyco

 

RBN