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Artesãos expõem no Expominas a alma do Vale

Artesãos expõem no Expominas a alma do Vale

São principalmente bonecas de barro, artesanato feito da terra por meio de técnicas que foram repassadas de avó para mãe e de mãe para a filha, para o encanto de todos nós apreciadores

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08-12-2023 às 15:45h.

Direto da redação

Os artesãos e as artesãs do Vale do Jequitinhonha (MG) estão regozijando com a 34ª Feira Nacional de Artesanato que acontece em Belo Horizonte, no Expominas. Esta é a grande oportunidade de esses artistas, muitos dele anônimos por falta de uma divulgação frequente, mostrarem a arte de uma das regiões mais ricas de Minas Gerais, do Brasil e – por que não dizer, do mundo? - não só em termos de minerais encontrados em suas terras, mas principalmente pelos valores humanos com os seus talentos e atributos peculiares.

E as bonecas de barro exibidas como a troféus, serão uma das grandes atrações dessa feira, que tende a ser valorizada por interessados daqui e de fora, porque hoje em dia, o Vale do Jequitinhonha, catapultado pelo mineral lítio explorado de maneira exemplar pela Sigma Lithium, vai sendo reconhecido não só por ser o “Vale do Lítio”, mas também pela beleza de sua arte de artesãos.

Eles expõem os seus trabalhos – e aqui é preciso chamar a atenção para um dos ícones do artesanato do Vale, as bonecas de barro – no estande “Sebrae TOP 100 de Artesanato”, na 34ª Feira Nacional de Artesanato (FNA), evento que vai até o próximo dia 10, domingo, em Belo Horizonte.

Arte das bonecas de barro sai das mãos de artesãos de Turmalina, Itaobim e Santana do Araçuaí, pequeno povoado de Ponto dos Volantes. São preciosidades, peças de artesãos vencedores da última edição do Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato. Esse prêmio reconhece as 100 melhores unidades produtivas do País.

Antes de falecer, em 2014, a artesã Dona Izabel – Izabel Mendes – teve a bondade de transmitir aos sucessores técnicas de moldagem e pintura de bonecas de barro que se tornaram conhecidas em toda a região.

Diretamente de Itaobim, Andreia Andrade, transmite no que faz o saber herdado da avó. Ela conta que custeou seus estudos e suas despesas em Belo Horizonte exclusivamente com a renda das bonecas. E se formou em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg).

“Com o apoio do Sebrae Minas, participamos de várias palestras e conseguimos divulgar melhor nosso trabalho nas mídias digitais. Tudo feito de uma forma muito respeitosa, preservando a originalidade da nossa arte”, diz Andréia, uma das vencedoras do ano passado do Prêmio Sebrae TOP 100 de Artesanato.

A artesã Anísia Lima, da Associação dos Lavradores e Artesãos de Campo Alegre (Alaca), distrito de Turmalina, é outro destaque que os apreciadores irão encontrar na feira.

Atentem para a habilidade dela em modelar bonecas de barro e perceberá que ela chegou à quarta geração da família. Mas a técnica foi iniciada pela avó, que passou para sua mãe, que agora é ensinada para sua filha. A venda do artesanato tornou-se a principal fonte de renda da família.

“O artesanato transformou a vida da gente para melhor. Aqui na região, o período chuvoso é muito curto e, por conta disso, não posso depender da lavoura, o que faz do artesanato nosso principal ganha pão”, afirma Anísia.

Na versão deste ano, a Feira Nacional de Artesanato conta com cerca de 700 estandes com apresentação de produtos nacionais e de representantes de outros países.

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