21-10-2023 às 10:40h.

Direto da redação

O compositor e cantor montes-clarino, Beto Guedes, filho do eclético artista baiano de Riacho de Santana, Godofredo Guedes, que se aportou em Montes Claros em 1935, aos 27 anos, e fez carreira como artista plástico, compositor de chorinhos, consertador e até inventor de instrumento.

Beto teve tudo para ser o que hoje ele é como artista, dono de uma voz de falsete, com composições sublimes, próprias de sua genialidade, herança de si mesmo.

Ele está ganhando o seu primeiro livro, intitulado “Leia esta canção: Beto Guedes”, produzido pela editora independente Garoupa, criado pela escritora paulistana Marina Ruivo, pós-doutora em Letras pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O livro é exaltação à “A página do relâmpago elétrico”, primeira obra da carreira do compositor, em 1977, e ao mesmo tempo, a publicação inaugura também a editora e uma série denominada “Leia esta canção”, que terá outros volumes inspirados em discos.

O próximo, segundo Marina Ruivo, é para tratar de “O romance do Pavão Mysteriozo”, do cearense Ednardo, vinil que saiu em 1974.

Como dizia no início, o pai de Beto. Godofredo Guedes, se casou em Montes Claros, no ano de 1931, com Dona Júlia e, com ela, teve oito filhos: Terezinha, Zeca, Dolores, Nelsa, Patão, Maristela, Beto e Lúcia.

Dos oito, eu tinha um relacionamento de amizade com dois, Zeca e principalmente Patão. Beto ainda era menino e só começou a se mostrar nas épocas dos ventos de agosto, quando ele ia para a Praça da Catedral de Nossa Senhora Aparecida, próxima da casa dele, a fim de empinar papagaios.

Com ele mesmo não tinha convivência, quando ainda morava em Montes Claros, de onde sai aos 22 anos. Mas ele tinha amizade muito próxima com amigos meus e inclusive participou de um conjunto musical denominado “Os Brucutus”, composto por Haroldo Tourinho (falecido), Ricardo Milo (Tiupas), Madureira e Beto. Eles tocavam no Automóvel Clube.

Ele, na ocasião, era um menino e já demonstrava a sua aptidão e ao se transferir para Belo Horizonte, salvo engano depois da morte do pai, dona Júlia se mudou com a família e foi então que Beto se deslanchou.

Isto na década de 1960, quando ele se juntou a personagens como

Milton Nascimento, Toninho Horta, Wagner Tiso, Lô Borges, s e Márcio Borges, Murilo Antunes e outros mais.