
Inflação recua, mas saúde e alimentação pressiona IPCA - créditos: Remessa Oline
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13-05-2025 às 09h19
Direto da Redação
A inflação brasileira apresentou desaceleração em abril, embora os preços dos alimentos e de saúde continuem a exercer pressão, mantendo a taxa acumulada em 12 meses no nível mais alto em pouco mais de dois anos. Esse cenário ocorre após o Banco Central ter elevado novamente a taxa de juros.
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)
Em abril, o IPCA registrou alta de 0,43%, após aumento de 0,56% no mês anterior. Apesar da desaceleração mensal, a taxa acumulada em 12 meses subiu para 5,53%, comparada a 5,48% em março. Esse é o maior valor desde fevereiro de 2023 (5,60%) e permanece acima da meta contínua de 3,0%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Desde 2023, a taxa não permanecia acima de 5% por três meses consecutivos. O gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, explicou que a redução do desemprego, o aumento do número de empregados e da massa salarial impulsionam a demanda, enquanto os custos mais elevados também afetam o nível de preços.
Grupos que Impactaram o IPCA de Abril
- Alimentação e Bebidas: Registrou alta de 0,82% em abril, embora tenha desacelerado em relação à taxa de 1,17% em março. A alimentação no domicílio subiu 0,83%, e a alimentação fora teve alta de 0,80%. Os aumentos de preços de batata-inglesa (18,29%), tomate (14,32%), café moído (4,48%) e lanche (1,38%) contribuíram para esses resultados.
- Saúde e Cuidados Pessoais: Apresentou alta de 1,18%, sendo o segundo maior impacto no índice do mês, influenciado pelo aumento de 2,32% nos preços dos produtos farmacêuticos.
O grupo de alimentação, por ter maior peso no IPCA, exerce impacto significativo, mesmo com a desaceleração. Observou-se também um maior espalhamento de taxas positivas no grupo, com índice de difusão passando de 55% para 70%, embora envolvendo subitens de menor peso.
Fonte: IBGE