Nós fazemos o mundo e continuamos destruindo a Terra da qual dependemos para vivermos, mas o difícil é que qualquer transformação externa depende de cada um internamente.
15-12-2024 às 08h38
Bento Batista*
Com 2025 às portas, não significa que tudo irá acabar após a passagem do ano considerado um dos piores desta geração nossa vivente na Terra.
É uma pena que a mudança no calendário por si só não significa possibilidade de ficarmos livres dos problemas a nos afligir neste ano que expira, com várias guerras, muita gente morta, como se não bastassem os muitos que a covid-19 matou na pandemia.
Se nós não mudarmos – cada um, individualmente – o próximo ano poderá ser pior do que este a terminar.
“Mais depressa se vence o inimigo de fora, se dentro de si mesmo o homem não está em guerra”. (Imitação de Cristo).
Eis a questão: em minhas sete dezenas e meia de anos, nunca vi tanto desconforto, porque penso holisticamente e tento fazer a minha parte localmente, por meio deste e de outros instrumentos de comunicação.
Nós, na massa conjunta, fazemos o mundo e continuamos destruindo a Terra da qual dependemos para vivermos, mas o difícil é que qualquer transformação externa depende de cada um internamente.
Ilusão maior não há soltar fogos à meia-noite da passagem do ano e simplesmente desejar “feliz Ano Novo” a uns e a outros, e achar que isso fará um ano melhor, menos tenebroso.
Na realidade, não é tanto o ano que precisa mudar, por força do calendário. A mudança tem de acontecer individualmente, de dentro para fora, conscientemente.
Não é a política que irá redimir as pessoas que fazem o mundo. Se a política tivesse esse poder, tudo já estaria resolvido.
É importante inventar um novo “normal” plantado na seara do bem.
O que temos de fazer – penso – é nos desvestir do velho ser para assumirmos uma nova vida interior, senão será a mesma coisa de querer conquistar a paz com uma simples passeata de todos vestidos de branco.
O problema nosso se manifesta exteriormente, mas isso é só a consequência do que está alojado dentro da caixa torácica de cada um, no coração.
Como disse Jesus Cristo, não é o que entra pela boca que deixa o homem impuro, mas o que sai, porque sai do coração.
Se não mudarmos o coração, meu irmão, se o homem e a mulher de 2024 entrarem 2025 os mesmos, não existirá ano nenhum que seja bom.
Se o Brasil e o mundo estão ruins, é simplesmente por causa da política dos homens que comandam os destinos de cerca de 9 bilhões de seres chamados humanos.
Mas, independentemente de política, se o cidadão estiver bem por dentro, sem os sentimentos negativos – ódio, rancor, mágoa, inveja e congêneres – um mundo novo, com certeza, será construído em 2025.
Da minha parte, alvíssaras!
As oportunidades estão lançadas. A primeira delas é o Natal, mais um aniversário de nascimento de Jesus Cristo, que insiste em salvar a Humanidade.
Que o Natal seja vivido com o devido respeito, sem subterfúgios, com a grande possibilidade de mudança para melhor.
A outra oportunidade, é a própria mudança do calendário convencional, porque o tempo é o mesmo de sempre.
Desconfio, nós viventes deste plano terreno estamos aqui a fim de cumprir alguma missão para o próprio desenvolvimento espiritual, individualmente.
*Jornalista e escritor