Créditos: Freepik
25-12-2025 às 09h48
Direto da Redação*
Com a proximidade das festas de fim de ano de 2025, o mercado brasileiro já começa a antecipar os possíveis cenários dos investimentos para 2026. A combinação de uma desaceleração do crescimento global, ajustes fiscais em grandes potências globais e a expectativa de redução gradual dos juros ao longo do próximo ano coloca o investidor diante de um ambiente mais desafiador. Embora o cenário aponte oportunidades importantes, especialmente na renda fixa e em segmentos específicos da Bolsa, o período também exige maior seletividade, visão de longo prazo e cautela na exposição a ativos mais voláteis.
Paulo Cunha, CEO da iHUB Investimentos, afirma que o momento exige menos improviso e mais estratégia. “O investidor precisa olhar para 2026 entendendo que o ciclo de juros começa a mudar, mas isso não elimina riscos. Pelo contrário, cria assimetrias importantes entre ativos bem posicionados e aqueles que podem sofrer mais ao longo do caminho”, afirma.
Renda fixa volta ao centro das estratégias para 2026
Dentro da renda fixa, os títulos indexados à inflação e os prefixados aparecem como protagonistas na composição de carteiras com horizonte de médio e longo prazo. Papéis como Tesouro IPCA e Tesouro Prefixado ainda oferecem prêmios considerados elevados e podem se beneficiar diretamente de um cenário de queda de juros.
Para objetivos de curto prazo e reserva de emergência, os pós-fixados seguem como principal opção. Produtos como Tesouro Selic e CDBs atrelados ao CDI continuam entregando boa remuneração e cumprem papel estratégico de liquidez. “A parcela pós-fixada não pode ser ignorada, principalmente para quem precisa de segurança e acesso rápido aos recursos”, destaca Cunha.
Bolsa, FIIs e criptos: seletividade e cautela
Na renda variável, o cenário segue construtivo, mas com ressalvas. Em 2025, a bolsa brasileira alcançou patamares históricos e embora 2026 deva ser marcado por volatilidade adicional em função do calendário eleitoral, segue como uma boa opção a ser observada.
Para uma abordagem mais defensiva, Cunha aponta a preferência por empresas consolidadas e financeiramente sólidas. “Bancos como Itaú e Santander, empresas de energia como Copel e nomes ligados a commodities, como a Vale, tendem a oferecer maior resiliência. O início dos ciclos de alta costuma favorecer primeiro as blue chips, enquanto companhias fragilizadas podem enfrentar dificuldades”, avalia.
Além das grandes empresas, o executivo destaca a possibilidade de exposição diversificada às small caps por meio de ETFs. “Produtos como o SMAL11 permitem acessar empresas menores sem o risco concentrado de escolher um único papel”, diz.
Os fundos imobiliários também voltam ao radar. Com correlação negativa em relação aos juros, os FIIs tendem a se beneficiar de um ciclo mais intenso de cortes, além de estarem, em muitos casos, negociados a preços descontados.
Já no universo das criptomoedas, a recomendação é de prudência. “Criptoativos podem compor uma carteira, mas é uma classe mais difícil de avaliar. Quedas mais intensas não podem ser descartadas caso ciclos negativos do passado se repitam”, conclui Cunha.
Sobre iHUB InvestimentosA iHUB Investimentos é uma empresa especializada em assessoria de investimentos credenciada pela XP Investimentos. Possui mais de 5,5 mil clientes, somando mais de R$2 bilhões em valores investidos sob custódia.

