
03-10-2025 às 14h34
De Juliana Antunes/Textual para a Redação do Diário de Minas
Assunto em todos os veículos de comunicação e redes sociais no Brasil, a ação criminosa de adulteração de bebidas alcoólicas está deixando a população em alerta e virou uma crise sanitária no estado de São Paulo. Por isso, é importante, neste momento, muita precaução, e estar ciente dos cuidados a serem tomados diante de uma suspeita.
Para o Dr. Evaldo Stanislau, médico infectologista e professor na Universidade São Judas / Inspirali, ecossistema que atua na gestão de 15 escolas médicas em diversas regiões do Brasil, a intoxicação por metanol pode causar náuseas, dor abdominal, alterações visuais e confusão mental. “Se você ingeriu bebida suspeita e apresentou sintomas, procure atendimento médico imediato. Importante informar ao médico que consumiu álcool para um diagnóstico ligeiro e preciso. Quanto mais rápido o tratamento, maiores as chances de evitar ou, ao menos, restringir, danos graves”, explica o médico.
A intoxicação por metanol traz consequências muitos sérias e mesmo quantidades mínimas do produto já podem causar um dano muito severo. Segundo Stanislau, existem quatro possibilidades de terapia. “Primeiro é neutralizar o metanol circulante e todos os seus metabólitos. Para isso, precisamos de antídotos e eles podem não estar disponíveis amplamente. A segunda ação é a remoção por meio de diálise, que é um processo de filtragem do sangue. A terceira é corrigir a acidose induzida pelo metanol, que é o grande fator desencadeador da toxidade. E a quarta medida, evidentemente, são as medidas de suporte, que muitas vezes são intensivas. Porém, repito, quanto antes se desconfiar e quanto antes atuar, melhor”, reforça.
Já para a área médica, que está na linha de frente de prontos-socorros e recebe alguém com esse tipo de sintoma, Dr. Evaldo sugere desconfiar imediatamente da intoxicação e notificar as autoridades. “O Ministério da Saúde já está atuando em diversas frentes para combater essa crise. Torcemos para que tudo esteja devidamente controlado o quanto antes”, finaliza.
*Juliana Antunes é profissional de comunicação social
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