
Presidente Lula - créditos: charge/divulgação
28-09-2025 às 08h28
José Altino Machado (*)
Inacreditável…o discurso batido de nosso presidente. Tal qual laranja seca, se espremer nada sai. Lá nos States, em plena ONU, só falou em fome, da fome e na fome.
E os números!! Estes então, deveríamos procurar saber onde ele os arranja. No mesmo discurso e hora chutou dois diferentes para a mesma coisa. Fantástico…
Porém, para não ficar muito feio, ainda mais que vem por aí a badalada COP-30, onde tudo deverá se repetir, convém ele chamar sua “tchurma” de bandinha, principalmente sua ministra do Meio Ambiente e tratar de combinar os números que haverão de serem ditos. Ele falou que trinta e cinco “mião” de pessoas no Brasil passam fome e ela foi logo dizendo 100 “mião”. Oxe… quase metade da população brasileira. Complica procurar quem estrupa verdades.
O interessante a observar que o Cara, como disse Obama, não presta a atenção que pode ser ele mesmo o criador deste exército famélico, afinal nestes recentes tempos de apetite agudo ele e seus seguidores estão a completar 20 anos de poder. E se anteriores governos de exceção passados, muito plantaram buscando segura subsistência, deles nada pôde se esperar.
Parecem mesmo criarem necessitados, para mais uma vez, com a língua os emprenharem pelos ouvidos para em troca receberem seus votos e o consequente domínio.
Os números de moradores em ruas, modernas habitações criadas em anos das boas lábias discursivas, batem recordes. E deles, nada falam, ou melhor, nem os vêm.
E o antigo como eu, barba preta e hoje branquinha e quase careca, sem outra coisa saber fazer, se mete a tão somente administrar, clima/tempo do que também nada entende e querendo aparecer, coloca um puta cavalo grande nesta carruagem, a Amazônia. Até o desculpo, pois se não falar nela, ele e seu séquito seriam gente como muitos, sem brilho, não conseguindo sequer aparecer no cenário nacional.
Mas, como desgraça pouca é bobagem, eu não sabedor de tantas besteiras e invencionices que haveriam de ser ditas naquele fórum, deveria haver enviado ao chefe dos garis de New York, para que ele lesse naquele plenário aquela crônica por mim escrita e publicada domingo passado, no Diário de Minas/ BH e na Gazeta/AP. Pelo menos todos saberiam o que realmente se passa no mundão verde de Deus. E onde a Presidência da República do Brasil busca semear desgraças, desocupados e tome mais moradores de ruas.
Tenho já passado os oitenta e perante Deus, juro, jamais vi ou vivi sequer algo parecido com estas agora violências do Estado. Para não dizer que nada soube, lembro que Gregório Fortunato andou dando uns tiros no Lacerda, na boca do túnel Rebouças. No mais, rebeldes e governo excepcional, armados trocando chumbo nos intervalos de assaltos a bancos, lembram?
É doloroso presenciar forças de elite de segurança do Estado se prestarem a queimar, destruindo ferramentas de trabalho e habitações laborais sem nenhum rito de processo legal. Isto aí, realmente, minha ainda jovem e velha geração, jamais havia presenciado. Diplomação de pirotécnicos maníacos, cuja pirâmide de comando foi elaborada no fogo do inferno.
Algo importante, a sociedade brasileira precisa saber e buscar na memória. Foram pessoas desta estirpe e naipe, construtores de habitações conciliadas a seus trabalhos, que conquistaram e construíram este país. Bem por isso, todas as nossas fronteiras ao Norte deste país, estão estabelecidas sobre ocorrências minerais. E a única potencialmente rica que perdemos, morto Rio Branco, assumindo Nabuco, foi este pedação, que agora brasileiros defenestrados pelo atual governo mostram ao alheio vizinho.
Tenho, como dentre poucos presentes divinos, um sobrinho, que despontou como empresário rumo ao sucesso. E como geólogo, pode? Ainda há pouco em discussão civilizada com ele, algo bem diferente a trocar coices com Institutos, ONGs e profissionais políticos e outros sem profissão estabelecida, mas todos regiamente pagos, perguntei a ele se conhecia no Brasil alguma mina de ouro ou estanho que não houvesse sido descoberta por estes senhores que hoje bem criminalizados, os chamam de garimpeiros. Engasgou-se todo. Logo ele, CEO, da maior empresa de controle de registro de áreas minerais do país. Mas, tentou uma saída…
A mina do Salobro…que após tempinho bão de ocupação outras, a Vale não achou, mas tropicou nela. Isto depois de pesquisarem uma área que apenas prometia, mas que após pesquisada, deram entrada no DNPM de então, dizendo nela não haver interesse mineral de valor econômico. Nome da área, Serra Pelada.
Todo o complexo mineral Carajás aconteceu, quando de passagem um helicóptero transportando Breno Augusto dos Santos, pousou para reabastecer a máquina dos carotes que levava. Ao descer para esticar as pernas, competente como ainda o é, o geólogo Breno constatou estar sobre uma montanha de ferro. O ruim, a área estava comprometida com patrícios do Loirão. Já pensaram se fosse hoje? Chegaria esquadra inteira.
Só para sacanear, deixo a dúvida, foi acaso, do Breno ou do piloto do helicóptero a descoberta. Se esse rapaz também voava para garimpo diria que foi dele.
Mas, algo é certo e não existe contra argumentação. Esse pessoal de lida com fortunas em formas de garimpo fazem o que ninguém mais faz. A começar pela relação capital trabalho, tal qual a pesca universal.
Garimpo não tem dono e sim comando. Nele impera a parceria, indo ou ficando quem quer. Bem ao contrário do que muitos imaginam. Engravatados maldosos contratados dizem, em nenhuma outra arte profissional, a parceria feminina, fundamental ao equilíbrio social é tão respeitada.
Na verdade, estes homens fazem o que nenhum funcionário ou empregado faz. Já disse, não trabalham para patrões e quanto mais “brabo” forem seus comandantes mais neles confiam. Chega a ser paradoxal.
Sem dúvida foi a maior força de trabalho autônoma da América do Sul. Centenas de milhares, sustentando economias populares de milhões. Muitos descendentes dos também laboriosos soldados da borracha, dos tempos de guerra, levados para a Amazonia e de lá não buscados, para agora Lula/Marina tangê-los junto a suas famílias, como gado imprestável.
E eles se foram e se vão. Paraguai, jamais teve garimpo, ouro só do contrabando, agora tem. Brasileiros corridos pelo Lula o acharam. Guianas, todas as três, grandes produtoras de ouro. Da francesa nem o juvenil Macron, tem a insensatez que o Lula tem, em mandá-los embora. Equador, pediu e veio buscá-los, ainda deu o número, “queremos trezentos”. Lembrei dos gregos.
Venezuela, ah! Venezuela. Com comando de descendentes de originários desde Chavez e Maduro. Estes “mal afamados” alvos da Lula-Marina muito seguraram, desde Chavez, a estes humildes vizinhos, toda a economia popular da Nação. Foram extraordinários, aguentando economicamente para eles, o esbarro americano de um terrível bloqueio na economia.
Mereceram de nós até uma homenagem prêmio, com monumento central em Boa Vista-RR. Sem custo para o Estado, nós pagamos. Estão lá, lastreando o tesouro daquele país com 600 toneladas, enquanto o nosso, ridículo, nem diz o que tem, borrando as calças pelo USA-tarifaço.
Porém, realmente lá se vão todos, mas eu fico, ainda que por último, não para apagar as luzes e sim para mantê-la acesa e que ilumine o caminho deles na volta.
BH/Macapá,28/09/2025
(*) José Altino Machado e jornalista
Nota: Breno Augusto dos Santos, geólogo, detém minha maior admiração, formando com Osires Silva engenheiro aeronáutico militar, Alysson Paolinelli – engenheiro agrônomo, o trio de injusta falta de reconhecimento nacional a seus valores.
O que se observando no governo atual, quanto a secular e constitucional atividade garimpeira, é perceber que o brasileiro é mesmo o maior destruidor de seus próprios valores.
A opinião de nossos colunistas, cronistas e comentarista não reflete, necessariamente, a opinião do jornal Diário de Minas.