Zema não deve fazer acepção de pessoas
Romeu Zema está no governo de Minas Gerais não é para satisfazer este ou aquele cidadão, mas para atender a todos, independentemente de partido político.
22-11-2023 às 11:03h.
Alberto Sena*
Antes de qualquer outra coisa, devo dizer, politicamente, não sou partidário e ideologicamente, não me encaixo na esquerda nem na direita. Sou um camarada neste plano terreno e penso holisticamente e atuo localmente, tendo em vista a justiça humana para os homens, as mulheres e as crianças.
Não penso em mim, primeiramente. De que me vai adiantar alcançar a felicidade terrena sabendo que ao sair de casa nas ruas da cidade encontro gente humana como eu mesmo estirada no chão, ao relento?
Enquanto houver alguém necessitado, passando fome, sem abrigo, penso que ninguém pode se considerar feliz, porque seria uma demonstração extrema de egoísmo. E é o egoísmo a raiz de todos os males e pecados da humanidade.
Depois de me confessar publicamente, a intenção é chamar a atenção do governador Romeu Zema, que não pode governar um Estado como o de Minas Gerais como se fosse o dono dele. Não, o Estado é nosso e ele está governador e não devia se recusar a falar com ninguém.
Zema está no governo não é para satisfazer este ou aquele cidadão, mas para satisfazer a todos, independentemente de partido político.
O leitor pode até perguntar o porquê de estar falando sobre isso. É porque ele tem claramente se recusado a falar com o presidente Luiz Inácio da Silva porque é do Partido dos Trabalhadores (PT). Como é que o governador Zema irá resolver as questões de interesse dos mineiros se ele se afasta e só conversa com quem é partidário dele e dos coligados?
Zema conversar com Lula ou com qualquer outro membro do PT não irá fazer dele um petista. Ele vai é resolver questões que cabem a ele resolver, considerando ser do interesse do povo mineiro.
O tal do RRF – Regime de Recuperação Fiscal – que ele precisa aderir até o dia 20 de dezembro. é um exemplo disso. A fórmula que Zema escolheu para resolver a questão foi a pior possível, porque sacrifica os servidores durante nove anos sem aumento de salário e compromete até o funcionamento da máquina estatal.
Se o Zema fosse aberto ao diálogo com o governo federal, com o intuito de encontrar uma saída menos drástica para o RRF, a fim de solucionar a dívida de R$ 160 bilhões, o problema já estaria resolvido.
Foi preciso que o ministro Alexandre Silveira e o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Senado entrassem em campo com uma alternativa que poupa tanto os servidores como preserva a saúde da máquina estatal.
Zema precisa entender que não está fazendo um favor e só vai conversar com quem ele quer. Ele ali está para resolver as questões e procurar governar para todos, independentemente de partido político. Isso não quer dizer que o governador precisa andar lado a lado ou ser fotografado com seu adversário político.
Não. O governador foi eleito a fim de governar para todos. Então, ele deve dialogar e procurar se sair bem de todas as situações. Inclusive abandonar a canoa furada onde entrou, se não quiser ser contaminado pelos sentimentos negativos advindos dela.
*Editor Geral do DM
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