“Você toma algum remédio”?

09-12-2024 às 08h26
Bento Batista*

Dia desses uma pessoa me perguntou, certamente porque a gente quando começa a ficar idoso desperta a atenção dos outros:

• Você toma algum remédio?
  Respondi:
• Tomo. Tomo vários.
  A pessoa olhou para mim com os olhos arregalados e a fisionomia de quem se assustara com a minha resposta, e comentou o seguinte:
• Vários remédios?! Como assim?! A sua aparência é de quem é saudável!
• Tomo vários, diariamente.
  Foi então que a pessoa ficou mais espantada ainda e me perguntou:
• Quais?!
  Respondi:
• Três laranjas, um ou dois limões, duas bananas, pedaço de mamão, de abacaxi, metade de maçã, porção de uva, pedaço de abacate e de melancia…
• !!!
• Banda de pera, e se não estou esquecendo de nenhuma fruta, ponho tudo no liquidificador – o ideal é comer uma a uma – com açafrão e uma pitada de pimenta do reino em pó para potencializar o açafrão – dizem – 20 vezes; uma colher de chá com chocolate amargo em pó; uma colher de sopa de aveia; uma castanha do pará, três de caju, uma de noz e quatro amêndoas…
• Putz!
• Meia hora antes de tomar os meus remédios, tomo o principal deles…
  A pessoa interrompeu para perguntar:
• Ainda tem mais? Qual?
  Respondi:
• Tem o principal. Em jejum, um copo de vidro com 400 ml de água em temperatura natural. Você nem imagina a quantidade de doenças que uma pessoa evita só com o costume de beber um copo d’água em jejum.
  (O consumo de água logo ao acordar ajuda na produção de novas células musculares e sanguíneas, auxilia no equilíbrio do sistema linfático e promove a limpeza do intestino, fazendo com que os nutrientes provenientes da alimentação sejam absorvidos mais facilmente, segundo a revista “Viver Bem”).
• E o que mais, você faz aos 75 anos?
• Moro no meu endereço há 30 anos. São seis andares. O prédio possui elevador e oito lances de escadas até o meu apê. Só pego elevador quando estou com sacolas ou malas. Como isso acontece só de vez em quando, subo e desço os oito lances de escadas quantas vezes forem necessárias.
• Ufa!
• Cansou só de ouvir, não é? Eu ando. Possuo carro, mas não dirijo. É a digníssima quem dirige quando precisamos ir ao longe. Fizemos juntos o Caminho de Santiago de Compostela, na França e na Espanha, duas vezes; 1300 quilômetros andados. Fizemos juntos o Caminho da Fé, pela Serra da Mantiqueira, quatro vezes, a pé. Foram 1200 quilômetros somados… Agora, faço minha ginástica em casa – barra na porta, pesos, flexões etc.
• Que interessante!
• E com isso quero dizer que nunca precisei ir ao médico a não ser quando tive um probleminha na unha do dedo maior de todos, mão direita, justamente quando ia lançar o livro “Nos Pirineus da Alma”, em Montes Claros, e tinha de autografar os livros; e a outra vez foi quando fui a Fortaleza e dei uma andada descalço pela praia e peguei “bicho geográfico” na sola dos pés.
• Resultado…?
• Nesse tempo todo economizei o médico, a farmácia, o hospital e o laboratório. Foi e é mais saudável, econômico e gostoso. Os remédios estão nos sacolões e no mercado. Não tenho plano de saúde há décadas. E se estivesse pagando um estaria dando lucro ao plano, porque não precisei. Penso saúde, sempre. Uso o coração e a cabeça em favor de mim mesmo, em primeiro lugar, senão estaria criando um inimigo dentro de mim. Meus pensamentos são positivos direcionados ao próximo, seja quem for, principalmente porque amo a Deus sob todas as coisas e ao próximo como a mim mesmo. Sou pecador e me confesso, mas me entrego a Jesus, nele confio e recomendo a quem chegou até aqui. Que Ele o/a abençoe e guarde deste mundo que a humanidade (os poderosos) está fazendo imundo.