Direto da Redação

27-03-2023

18h:03

De novo, o metrô de Belo Horizonte vai parar a partir desta terça-feira, 28. Foi o que decidiu a assembleia dos metroviários do dia 24, sexta-feira. E a greve, ao que parece, não tem data definida para terminar; essa leitura é feito com base no fato de eles não terem agendado reunião com o governo.

Daniel Carvalho, diretor do Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro), afirma: “Só vamos fazer uma nova assembleia se houver mudança no cenário”.

Os metroviários decidiram paralisar o metrô porque a Comporte rejeita fazer alteração de jornada, salário nada em relação aos benefícios nos 12 vindouros meses.

Segundo a presidente do Sindimetro, Alda Lúcia, a empresa afirma querer manter os trabalhadores, “mas não disse em quais condições”.

Logo no início dessa paralisação, o Diário de Minas publicou que esse movimento tinha tudo para se transformar em um “lenga-lenga”. E não deu outra coisa. Depois de 34 dias parados, eles voltaram e agora param de novo.

O problema está criado e tem pelo menos três lados. Tem o da empresa, que já podia ter sentado com os metroviários e falado claramente o que quer e o que não quer para ficar tudo em prato limpo.

Tem o lado dos trabalhadores, que, sentindo-se prejudicados com a venda do metrô, tentaram conversar e as portas e janelas pareciam fechadas e então eles entraram em greve. E a partir de desta terça-feira, paralisam o metrô novamente.

Tem o terceiro lado do problema, a figura dos três pode ser comparada com um triângulo, cuja base é o público usuário do dia a dia. Este vai sendo prejudicado, desrespeitado, em relação à ele não há o mínimo de consideração.

Diante desse quadro que remete à figura famosa dos dois burrinhos, cada um numa ponta da corda puxando para si, quando podiam sentar e conversar, preferem ficar no lenga-lenga, prejudicando centenas de milhares de usuários, razão de existir do metrô.