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23-12-2025 às 11h00
Direto da Redação*
O aumento no fluxo de passageiros no fim do ano voltou a pressionar a infraestrutura aérea brasileira e trouxe um efeito colateral que vem chamando atenção de equipes de saúde e operadores aeroportuários: o avanço dos episódios de ansiedade, pânico e mal-estar em terminais e aeronaves. A demanda por voos domésticos deve crescer mais de 12% no último bimestre de 2025, impulsionada pelo retorno das viagens familiares, férias escolares e alta do turismo interno. No mesmo período, as empresas aéreas projetam load factor acima de 85%, o que significa aeroportos mais cheios, filas mais longas, embarques mais demorados e níveis de estresse sensivelmente mais altos para passageiros. Esse ambiente de pressão combinada, marcado por mudanças de rotina, sono irregular e jornadas extensas até os destinos, faz com que sintomas emocionais sejam potencializados. Desde o início da temporada de novembro, houve um aumento de cerca de 18% nos atendimentos relacionados a crises de ansiedade e tontura, enquanto situações de superlotação elevam em até 40% a percepção subjetiva de insegurança física e emocional. Mais de 65% dos brasileiros relatam sentir ansiedade ao circular por aeroportos, o que amplifica o impacto desse período de pico.
A aceleração do mercado aéreo coincide com mudanças de comportamento do viajante que influenciam diretamente sua saúde mental e física. Famílias que voltaram a viajar após longos períodos de contenção seguem mais sensíveis a estímulos, enquanto idosos, gestantes e pessoas com condições pré-existentes representam um grupo crescente entre os passageiros que buscam suporte durante deslocamentos. É nesse contexto que o preparo preventivo se tornou ponto de atenção, com médicos reforçando a importância da hidratação, alimentação adequada, checagem de medicamentos e avaliação clínica antes de trajetos longos. O Presidente da Med+, Victor Reis, destaca que a combinação de fatores emocionais, pressão do tempo e jornadas desgastantes exige atenção redobrada da população e das equipes de saúde. “O passageiro chega ao aeroporto carregando o peso da rotina, da expectativa da viagem e da preocupação com imprevistos. Esse acúmulo de estímulos faz com que crises de ansiedade ocorram com muito mais frequência. A prevenção física e psicológica reduz drasticamente o risco de episódios agudos e melhora a experiência de viagem como um todo”, afirma.
A movimentação das empresas de saúde que atuam em ambientes aeroportuários também se intensificou. Com a expectativa de maior fluxo, prestadores ampliaram equipes, reforçaram protocolos de primeiros atendimentos e ajustaram a triagem de sintomas típicos desta época, como taquicardia, tontura, falta de ar, lipotímia e picos de pressão arterial associados a estresse. A Med+, que opera em mais de 40 aeroportos e atende milhares de passageiros por ano, registrou aumento relevante na procura por avaliações rápidas, orientações preventivas e atendimentos de baixa complexidade. O comportamento reforça a necessidade de comunicação direta com passageiros para reduzir riscos, orientar condutas simples e, principalmente, antecipar atendimentos antes que evoluam para casos mais complexos.
A expectativa é que a temporada 2025-2026 seja uma das mais movimentadas da década, com projeções que apontam aumento adicional no número de voos internacionais, além de embarques noturnos que costumam elevar o cansaço e a desorientação temporal dos passageiros. Victor Reis, Presidente do Grupo Med+ reforça que cuidados básicos, embora pareçam simples, fazem diferença concreta na saúde do viajante. “Quando as pessoas entendem que viagem também exige preparo físico e mental, o número de ocorrências cai imediatamente. A maioria das crises que atendemos poderiam ser evitadas com sono regular, alimentação leve, hidratação e uma checagem clínica rápida para quem tem histórico de ansiedade ou doenças crônicas. Viajar é prazeroso, mas exige responsabilidade com o corpo. No fim, quem se prepara desfruta muito mais do trajeto e corre menos riscos”, diz. Com aeroportos cheios, jornadas longas e estímulos constantes, o papel da medicina preventiva se torna central para garantir uma temporada mais segura para milhões de brasileiros que passam pelos terminais nas próximas semanas.
Sobre o Grupo Med+
É a maior empresa de emergências aeroportuárias da América Latina, com R$ 1,8 bilhão em contratos e presente em 49 aeroportos e 12 rodovias do Brasil. Possui aproximadamente 6 mil colaboradores em todo o Brasil que atendem mais de 56 milhões de pessoas, entre brasileiros e estrangeiros, que trabalham ou transitam nos seguintes segmentos: aeroportos, estradas e grandes empresas.

