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Tragédia do Inevitável

Tragédia do Inevitável

Tenho para mim que Lula tem dormido atormentado pela imprudência e intolerância, não sendo nunca aquele político do passado que se tornou maior que seu próprio partido.

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24-03-2024 às 07h:47

José Altino Machado*

Séculos, talvez mais que milênios, o homem busca de todas formas e maneiras possíveis, conhecer o que trará e como será o futuro. Históricos registros mostram que, bem antes de ciganos, cartomantes ou tarólogos, existiam respeitados oráculos. Dizem, dizem alguns fofoqueiros metidos a contar histórias que o próprio Hércules, antes de sair distribuindo porradas seguia a famoso oráculo adivinhão da época, para saber como se sairia.

Em tempos modernos, continuamos a trilhar ainda por tais veredas. Por sinal, em passado recente, possuíamos verdadeiras vedetes e astros no campo da adivinhação. O homem-sapiens, não deixa mesmo disso, quer sempre saber se será boa ou não a confusão que irá arranjar, e quais as suas consequências.

Tendo convivido quase meio século com a atividade mineradora, conhecida como garimpeira, sempre imaginei, nem sei por que, fosse a única coletividade social, que mesmo estando praticamente certa de que tudo a frente poderá dar errado, segue assim mesmo. Notável ainda, que já estando sobre riquezas e fortunas queiram sempre seguir atrás de outros morros mais azuis. Nunca cogitei porque assim procedem e quais sonhos brilhos ou razões os atraem; embora muitos digam que pode estar no sangue, coisa que hoje, sou tentado a acreditar, uma vez que a própria política nacional, envolvidos todos os poderes, também estejam agindo assim.

Nossa Corte maior, tem percorrido vales sombrios em casos, questões e assuntos até policialescos, que tem corroído toda a estrutura e credibilidade jurídica da Nação. Pelas próprias formações que carregam, acredito que tenham entendimento que de tão invasivos, isto à frente acabará mal. E muito mal. Ainda que a bem de momento, barreiras e limites ultrapassados são de difícil retorno. Excessos e exageros sempre provocaram violentas ondas em sentido contrário, principalmente quando são grandes seus envolvimentos na política.

E nosso imponderado Presidente ainda anuncia, que naquele que deveria ser sacrário de justa e imparcial garantia jurídica, ficará turbado por uma notável presença de doutrina política, ao receber em seu seio um primeiro comunista. Tive mesmo a esperança que dissesse renomado jurista, mas não foi, e sim comunista mesmo...

Nosso Congresso Nacional, um tanto cooptado através de emendas (nome besta, sendo verba mesmo), silente, tem deixado o barco correr, mais que a deriva, a rédeas soltas. Talvez desconheçamos que veladas ameaças lhes têm chegado que possíveis movimentações processuais pudessem ocorrer nas bandas dos juízes maiores. E nos dias que correm, tais intimidações têm demonstrado ser para lá de boas. Também, em passado nem tão distante, ainda outra de nosso presidente, a declarar, não a boca miúda, mas alto e em bom som, que em nosso legislativo, Congresso Nacional, existiriam 300 (trezentos) picaretas; o que também classifico como imprudência.

No garimpo presidencial, de bateias em busca de melhor emprego, o desvairo da indicação tem seguido rotina de pouco saber. Em nada nem a nada nosso presidente busca sequer a qualidade do conhecer para uma boa condução da Nação. Em nossos mais importantes setores administrativos, mesmo os de carências maiores, o que interessa ao poder maior, é que estejam entregues a companheiros e companheiras da proximidade política.

Às potentes hidroelétricas e estatais são nomeados, até chefes de gabinete de pouco notável deputada e de políticos outros. A saúde nacional, já exibindo nefasta e excessiva centralização, fica entregue a diplomada em medicina, de vida profissional em restrito setor administrativo; de lá sendo retirada grande e tornada pequena noutro, onde impera a politicagem de corredores para distribuição saudável da necessidade.  Nenhum desdouro a doutora cientista, lógico, a imprudência veio de cima.

Nosso planejamento, navegando a sopro de brisas, embora por responsável figura, não diz a que rumo vai e sequer onde pretendemos estar ou lugar ocupar.

Com tais executivos, nunca se chega a limpar o vaso sanitário onde tantos outros tem depositado rejeitos de ideários próprios em relação a este gigante, que embora deitado, não mais dorme e sim tem acordado o mundo mostrando sua potencialidade e existência.

Amazônia, ôôô Amazônia querida e ambicionada. Entregaram a tadinha e sua política, para senhora que sequer a conhece ou a sua gente, indo sempre por simpático rumo político de onde demonstrado está, que não só dá, mas sai mais dinheiro. E dela, Amazônia, posso mesmo dizer, nosso presidente fala tanta bobagem que dá desgosto em ouvi-lo.

Em todo aquele notável rincão brasileiro, desempregou a tanta gente, que nem o grande mágico que promoveu o último censo nacional do número de índios no País, dará conta em saber. E podemos também dizer, o “ôme” foi desempregando a tudo e todos na marra e nas armas, da fronteira oeste até a 500 kms mar a fora no Leste, onde está o petróleo nacional esperando por menos imbecis a retirá-lo.

Talvez, por não ser de sua cultura consultar a mapas, nem de estudo a carências, necessidades e sobrevidas nacionais, não se dê conta de serem 29 milhões de seres envolvidos reconhecidamente nacionais, 55% do território brasileiro e uma monstruosa economia para 220 milhões de habitantes.

Pátrios indígenas, constitucionalmente incapazes e tutelados, estão entregues a uma fundação de tutela, presidida por uma também tutelada. Parece piada ou brincadeira de mal gosto, mas não é.

Um pouco perdoo nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele tem me parecido doente. Só fala naquilo e nele. Com fixação não deixa mesmo seu antecessor desaparecer em brumas de um passado que se não tão bom, também nem tão ruim. E nem eu muito gostava dele, mas sim a outros que o cercavam, de boa qualidade administrativa. E foram eles que fizeram o nome, até um tanto imerecido da figura.

O Senhor Lula, bem poderia seguir a trabalhar. O Brasil é enorme e ele também é presidente de toda aquela multidão na avenida Paulista. Assim, todos merecemos seu respeito e somos sem nenhuma distinção, credores de suas atenções.

Qualquer patriota, obrigatoriamente, haverá de desejar a melhor das administrações a quem no cargo estiver e seja lá quem for, deverá sim, ser respeitado por ser um nosso presidente, tal como ele próprio, eleito por votos de vontades em maioria e não um “covardão” qualquer.

Tenho para mim que Lula tem dormido atormentado pela imprudência e intolerância, não sendo nunca aquele político do passado que se tornou maior que seu próprio partido.

Interessante que todos nós bem sabemos, até sem jogar cartas ou búzios e pelo linguajar presente hoje na presidência, que vai dar merda... e um trágico e inevitável alto preço, por todos nós, haverá de ser pago.

BH/Macapá, 24/03/2024

* Jose Altino Machado é jornalista

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