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Todos em defesa da Mata do Lareira

Todos em defesa da Mata do Lareira

O impacto da reação pela preservação da Mata do Lareira foi largamente debatido na presença de representantes da PBH e de outros movimentos, como o SOS Mata do Jardim América

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07-02-2024 às 09:34h.

Direto da Redação

“A causa da Mata do Lareira ultrapassa o problema imobiliário. É uma questão de sobrevivência. A proteção ambiental dessa área é o mínimo que podemos fazer para mitigar esse processo”. Foi com essas palavras que o vereador Wagner Ferreira (PDT), da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) , reagiu em apoio ao movimento de moradores pela preservação da Mata do Lareira, no Bairro São João Batista, na Região de Venda Nova.

Os moradores em peso cobram da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte (PBH) ações para a preservação da mata, que está sob ameaça de um empreendimento imobiliário. O movimento popular ganhou logo a simpatia do vereador Wagner, e ele articulou uma “audiência pública”, na Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana da Câmara Municipal.

O impacto da reação pela preservação da Mata do Lareira foi largamente debatido na presença de representantes da PBH e de outros movimentos, como Juliana Minardi, do SOS Mata do Jardim América; Margareth Trindade e Magali Trindade, que atuam em defesa da Mata do Planalto.

Um ponto que o vereador chamou a atenção foi o fato de Venda Nova ter só 6 metros quadrados de área verde por habitante, o que significa a metade do que determina a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Mais ainda, ele assinalou: a região possui só quatro dos 75 parques listados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Foi quando o vereador convidou os moradores defensores da Mata do Lareira para entrar em contato com o Ministério Público. “O MP tem uma atuação mais ampla em relação ao poder municipal. Vamos fazer também novos pedidos de informação aos órgãos competentes e à Prefeitura”, ele disse.

O terreno possui 35 mil metros, do antigo Clube Lareira, e os moradores vizinhos se mostraram preocupados. “Ficamos muito preocupados em relação à área verde, pela importância que ela tem para amortecer as enchentes na avenida Vilarinho. A gente entende que é possível uma desapropriação pelo Executivo”, disse José Eustáquio de Faria Júnior.

Outro que questionou a PBH foi Marcelo Batista de Andrade: “Eu pergunto à Prefeitura por que não embargou a venda de lotes até se discutir o mérito. Por que nós moradores continuamos nessa instabilidade?”

Ao que Fábio Luís da Silva deu o seu palpite: “Minha preocupação é quanto às nascentes, aos animais, a acessibilidade, o aumento da temperatura, o impacto para as futuras gerações”.

Dany Amaral, diretor de Gestão Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente disse que providências estão sendo tomadas para conter os impactos ambientais na Mata do Lareira. “Recebemos denúncias de desvio dos cursos d'água e já encaminhamos para a fiscalização”.

Enquanto isso, Clair José Benfica, diretor de Parques da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica, explicava que o órgão só pode agir depois de o terreno se tornar público. “O nosso interesse é o de que todas as áreas verdes sejam preservadas”.

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