O que mais os fiscais encontraram de irregular foram remédios vencidos guardados, mas também muitas outras irregularidades, em fiscalização que deve ser feita com mais frequência
Direto da Redação
O Diário de Minas aplaude as ações simultâneas do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG) feitas em unidades de saúde de várias cidades mineiras a fim de corrigir irregularidades, e a que mais detectou foi a de remédios com datas vencidas e guardados.
Que esse trabalho seja feito com frequência porque o Sistema único de Saúde (SUS) oferece serviços tão bom quanto os planos de saúde, com médicos e auxiliares capazes, e aqui, em BH, se pode citar o Posto de Saúde Menino Jesus, no Bairro Santo Antônio, o atendimento é de primeira. É preciso compreender que o SUS presta serviços à milhões de pessoas.
Essas ações do TCE só fazem melhorar a qualidade dos serviços porque ao corrigir falhas em certas unidades, as demais, como se diz, ficam com as barbas de molho. A simultaneidade das ações é um diferencial importante. Assim que o auditor detectar uma irregularidade, dentro de um hospital, a recomendação é para ele preencher um questionário eletrônico que vai direto para a Sala de controle do TCE de Minas.
O TCMG fez, nesta terça-feira, a chamada Fiscalização Ordenada de Saúde 2024, com o fito de analisar a forma como as unidades públicas de saúde de Minas prestam os serviços. Os seus analistas ficaram de olho em tudo, desde a iluminação, cadeiras a acessibilidade, mas também os equipamentos e os remédios
Os auditores se depararam em mais de 50% dos hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em 12 municípios mineiros fiscalizados com remédios vencidos guardados. Banheiros sem condições de uso; caixa d’água com prazo vencido; equipamentos obsoletos; entre outras irregularidades.
Em Mantena, no Hospital São Vicente de Paulo, no centro da cidade foi encontrado banheiro sem acessibilidade; ausência de corrimão na rampa de acesso à maternidade e apartamentos de internação; e falta de controle de ponto e frequência do grupo médico.
O estranho é que metade dos médicos escalados para o plantão, segundo apuraram os auditores, só vão à unidade de saúde quando são demandados. Cabos condutores elétricos para transferir carga de uma bateria automotiva, a “chupeta”, para o funcionamento do gerador.
Em Almenara, no Vale do Jequitinhonha, foi encontrado pacientes recebendo atendimento no corredor do hospital Deraldo Guimarães, além de cadeiras quebradas na recepção do local, escala desatualizada de médicos e caixas de remédios em contato direto com a parede, forma incorreta de armazenamento.
Em Belo Horizonte fez-se fiscalização nas Unidades de Saúde da regional Centro-Sul e Leste. Entre as irregularidades encontradas estavam extintores de incêndio vencidos, banheiros em situação de descaso e até paciente aguardando atendimento no corredor.
No período da tarde desta terça-feira, o Tribunal foi a mais 14 unidades de saúde, em 13 cidades diferentes: Itabira – Hospital Nossa Senhora das Dores;
Sete Lagoas – Hospital Municipal Monsenhor Flávio Damato e UPA Dr. Juvenal Paiva; Januária – Hospital Municipal de Januária; Formiga – UPA – Unidade de Pronto Atendimento de Formiga; Itajubá – Hospital de Clínicas Itajubá; São Lourenço – Casa de Caridade de São Lourenço; São Sebastião do Paraíso – UPA – Unidade de Pronto Atendimento; Varginha – Hospital Bom Pastor; Ituiutaba – Unidade de Pronto Atendimento Municipal de Ituiutaba (Upami); Aimorés – Hospital São José e São Camilo; Ipatinga – UPA José Isabel de Nascimento; Juiz de Fora – HPS Dr. Mozart Geraldo Teixeira; Manhumirim – Hospital Padre Júlio Maria