SOAMAR BH presente - créditos: divulgação
24-10-2025 às 09h36
Direto da Redação
A Sociedade dos Amigos da Marinha (Soamar), em Belo Horizonte (MG) garantiu expressiva presença no 3º Simpósio de Defesa e Segurança Internacional, realizado no Rio de Janeiro, fruto de sua parceria com o Centro de Instrução Almirante Sílvio de Camargos (CIASC), Escola dos Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil, cuja missão é treinar, capacitar, especializar e cuidar da doutrina, do histórico Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil, que tem presença na nossa história e é marcada por páginas de glória.
O evento, fruto de parceria do CIASC com “King’s College”, de Londres, reuniu civis, acadêmicos e militares sob os temas e debates atuais sobre defesa e segurança internacionais.
Neste sentido, a Soamar-BH estimulou e apoiou entusiasticamente uma expressiva delegação de alunos de graduação e pós-graduação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) dedicados aos estudos estratégicos, sendo inclusive, alguns desses alunos soamarinos.
Por entender necessário o envolvimento e engajamento do conjunto da sociedade civil, sobretudo da Academia, no debate dos temas estratégicos de defesa, a Soamar-BH vem envidando todos os esforços em favor da maior participação dos jovens acadêmicos mineiros nos eventos promovidos pelas instituições militares de ensino superior, por meio dos seus programas de pós-graduação.
Os mineiros, por intermédio do professor doutor Paulo Roberto Cardoso, ao registrar a presença com os alunos no local, agradeceu a carinhosa e receptiva acolhida que tiveram por parte do Comando e da organização do evento e “nossa força anfíbia e expedicionária”, como ele grifou e, ao final, pronunciou a frase em latim, AD SUMUS, que quer dizer “estamos juntos”.
O evento presencial realizado no CIASC, no Complexo Naval da Ilha do Governador, no Rio de Janeiro, reuniu autoridades militares, acadêmicos e especialistas em segurança global. Foram abordados três eixos principais: questões contemporâneas sobre defesa e segurança internacional; conflitos armados sob a ótica do direito internacional; e desenvolvimento e aplicação de armas autônomas e IA (inteligência artificial) em sistemas militares.
A mesa de abertura foi constituída pelo Almirante de Esquadra Arthur Fernando Bettega Corrêa, Chefe do Estado-Maior da Armada; o Almirante Carlos Chagas, Comandante-Geral do Corpo de Fuzileiros Navais; e o professor Vinícius Mariano de Carvalho, do King’s College.
Entre os palestrantes, Belén Carrasco Rodríguez, com o tema “Guerra no domínio cognitivo e lições do conflito russo”; o Contra-Almirante Laurent Bechler (França), apresentou a visão francesa sobre segurança internacional; e Thomas F. Heye (Universidade Federal Fluminense), discutiu os desafios do Brasil diante da transformação da defesa global.
O foco do segundo dia foi a Inteligência Artificial (IA) e sistemas militares. Carvalho tratou dos dilemas éticos das armas autônomas; Joseph Devanny (KCL) abordou o papel da IA na segurança contemporânea; e Felipe Medeiros, da BAE Systems, apresentou perspectivas tecnológicas dos sistemas autônomos. O jornalista Thayz Guimarães, repórter do Poder360, atuou como mediador.
O simpósio foi encerrado com a palestra do Almirante de Esquadra (Ref-FN) Álvaro Augusto Dias Monteiro, seguida por coquetel de confraternização. Importante é que o evento reforça a cooperação acadêmica e militar entre Brasil e Reino Unido e posiciona o país como ator ativo na reflexão sobre novos vetores da segurança internacional.
EXERCÍCIO
A Marinha do Brasil (MB) realiza exercício no Lago de Furnas-MG até o último dia deste outubro, com 1,8 mil militares, embarcações, helicópteros, aviões de caça, drones, veículos blindados e anfíbios, além de outros equipamentos militares.
A Operação Furnas 2025, que
Este é um dos maiores treinamentos militares em Minas Gerais, o que bem comprova a capacidade expedicionária do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) em termos de deslocamento de tropas do Rio de Janeiro para o Sul de Minas.
Importante é informar que o evento contou com a participação de 52 militares de nove países (Arábia Saudita, Camarões, Chile, França, Itália, México, Moçambique, Portugal e Reino Unido) e um representante da Junta Interamericana de Defesa.
