Uma consultoria de Mailson da Nóbrega e Gustavo Loyola descobriu que o Brasil é um País “de classe média” com renda de apenas R$ 3,4 mil mensais, numa afronta ao IBGE
10-01-2025 às 09h38
Direto da Redação
Aqui, no Brasil, em Minas especialmente, as autoridades de modo geral costumam resolver os problemas com semânticas. Mudam-se os nomes e os objetivos e assim resolvem tudo. Para citar um exemplo disso, e o mais preponderante, é a denominação de “favela”, um espaço onde se concentram pessoas que não tiveram a oportunidade de viverem na área urbana.
“Então vamos chamar de “aglomerado” ou “comunidade”. Assim as autoridades mantêm as favelas como sempre foram e a urbanização lá na entra. Quando podia entrar porque nas “favelas” estão famílias produtivas, que, independentemente de prefeitura, estão investindo nelas mesmas.
Outro caso que se enquadra no tema é o arranjo da Consultoria de Maílson da Nóbrega e Gustavo Loyola, que, da noite para o dia descobriram que o Brasil de hoje pode ser chamado de País da classe média. Só que a consultou não mediu a impossibilidade de uma família ser chamada de classe média com renda de R$ 3,4 mil. Isso é pobreza e torna-se uma afronta ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) classifica como classe média. É a família de quatro pessoas que consegue renda de R$ 7,7 mil mensais.
O achado da “Tendências Consultoria”, de Mailson e Gustavo foi encarado como uma espécie de “cala-boca”, como publicou o jornal Hora do Povo, em 6 de janeiro, “para fingir que está tudo bem”. Mas também não está tudo mal porque houve sim retirada de quem estava na extrema pobreza com as ações de governo. Mas querer classificar como classe média a família que consegue mensalmente R$ 3,4 mil é um disparate.
O IBGE chama de classe média família de quatro pessoas com renda per capta superior a R$ 1.926, com soma de R$ 7,7 mil mensais.
Vai o estudo da “Tendências Consultoria” e joga tudo pela metade e pronto, isso resolve o problema de uma população. É a mesma coisa de dizer ao esfomeado que ele agora vai poder comer melhor porque, por força semântica, agora a família dele pertence à classe média.
Conversa fiada. As melhorias na área social precisam ser reais, palpáveis, principalmente porque um outro estudo, este realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) detectou um aumento de 25% da pobreza no Brasil.
O mais crível neste estudo da UFMG é que os resultados dele são constatados nas ruas, principalmente das capitais brasileiras. Em Belo Horizonte (MG) basta dar um giro pelo Centro da cidade para constatar a informação do estudo que, afinal, mostra a realidade.
É claro também que esse aumento não aconteceu do dia para a noite, mas foi herança maldita de anos de um governo que mergulhou o Brasil em um marasmo nunca dantes vivenciado. E se o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não conseguir mudar esse quadro nos próximos dois anos de administração, o Brasil estará, como se diz, “em um mato sem cachorro”. E “a vaca vai para o brejo”. Pior, brejo seco!