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01-05-2025 às 09h45
Direto da Redação*
Menos de 24 horas após o site inglês Footy Headlines divulgar a possibilidade de uma nova camisa vermelha para a Seleção Brasileira, o tema já havia gerado mais de 4,3 milhões de menções nas redes sociais. A proposta de mudança de cor no uniforme da CBF rapidamente se transformou em um ponto de discórdia, intensificando discussões marcadas pela polarização política. Os dados são da agência de marketing digital Ativaweb.
Segundo Alek Maracajá, CEO da Ativaweb, os principais termos relacionados à nova camisa — como “camisa do PT”, “torcer contra”, “camisa vermelha Seleção brasileira”, “Lula” e “o Brasil não será vermelho” — revelam que o debate ultrapassou o universo esportivo, ganhando contornos ideológicos.
“O PT conseguiu mudar até a cor da camisa da Seleção brasileira, inacreditável”, escreveu um usuário no X (antigo Twitter), expressando o tom predominante das reações. Comentários como esse evidenciam o impacto da mudança de cores, marcada por uma forte desaprovação de parte do público.
Para Maracajá, o engajamento político em torno da camisa supera o interesse esportivo: “Quando uma camisa da Seleção gera mais engajamento político do que esportivo, é sinal de que a polarização virou o uniforme oficial do Brasil.”
Apesar da controvérsia, a adoção de cores diferentes não fere o regulamento da Confederação Brasileira de Futebol. O estatuto da CBF estabelece que os uniformes devem seguir as cores da bandeira nacional, mas permite modelos comemorativos com outras paletas, desde que aprovados pela diretoria.
“Os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF (…), não sendo obrigatório que cada tipo de uniforme contenha todas as cores existentes na bandeira e sendo permitida a elaboração de modelos comemorativos em cores diversas, sempre mediante aprovação da Diretoria”, diz o documento.
Enquanto Nike e CBF apostam na inovação e em parcerias globais, a mudança na camisa da Seleção não só rompe com a tradição centenária do uniforme canarinho, como também pode enfrentar obstáculos legais, por contrariar normas que regulam o principal símbolo esportivo do país.