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Savassi não é nem a sombra do que foi, quando tinha o maior número de livrarias por metro quadrado

Savassi não é nem a sombra do que foi, quando tinha o maior número de livrarias por metro quadrado

Savassi é o sobrenome de uma família italiana que batizou um empreendimento de sua propriedade - “Padaria Savassi”. O nome colou como goma arábica. A padaria não mais existe, mas o nome ficou para a posteridade

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Direto da Redação

08-10-2022

6h:25

Alberto Sena

Região da Savassi, em Belo Horizonte, já foi comparada aos melhores e mais famosos lugares do planeta, como a Rua Oscar Freire, em São Paulo; ao Batel em Curitiba; a Soho, em West End, Londres. Mas isso foi quando a Savassi se orgulhava de ter o maior número de livrarias por metro quadrado, incomparavelmente em todo território nacional.

A Savassi era tão atraente que ganhou uma escultura em bronze da poeta, Henriqueta Lisboa, na Rua Pernambuco com Rua Fernandes Tourinho, em frente ao edifício onde ela morou, e depois dela, o seu amigo, o escritor Bartolomeu Campos de Queirós.

O nome Savassi surgiu a partir da padaria Savassi, de propriedade de família italiana, que batizou o empreendimento com o seu sobrenome. O nome colou como goma arábica. Com um detalhe interessante, o ponto principal da Savassi é aquele miolo do cruzamento das avenidas Cristóvão Colombo e Getúlio Vargas.

Mas foi o jornalista e escritor Roberto Drummond quem mais divulgou o lugar e tornou incisivo o seu charme cantado em verso e prosa. Tanto ele amou a Savassi que foi imortalizado numa escultura de bronze, bem no ponto em que costumava passar ao se dirigir à sua casa, na Rua Piauí.

Roberto Drummond e a Savassi se confundiam; hoje, quem por lá passa e vê a escultura dele pode até pensar, ele está um tanto quanto contristado com a situação daquele lugar. Tornou-se, como se diz, “um centrão”, depois do advento do Shopping Savassi e os demais estabelecimentos do tipo, para onde migraram as lojas que tornavam a área um ponto chique.

Em pelo menos dois momentos do dia, de manhã e ao cair da tarde, o movimento de veículos cruzando as avenidas na Savassi é constante e poluidor. Depois da pandemia da covid-19 então, a Savassi não é nem a sombra do que foi um dia.

Imagem da Galeria A Savassi já não é mais a joia de Belo Horizonte cantada por Roberto Drummond
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