
25-07-2025 às 11h11
Direto da Redação
Em um dos leitos do 13º andar da Santa Casa BH, a paciente Cleonice Aparecida Pereira sorria e celebrava junto à equipe multidisciplinar, balões, cartazes e aplausos. O motivo de tanta alegria era a confirmação da tão aguardada pega da medula. Com isso, ela se tornou a milésima transplantada de medula óssea do Hospital de Alta Complexidade 100% SUS a ganhar um novo motivo para sorrir.
Internada desde o dia 2 de julho, Cleonice passou pelo procedimento no dia 10 e, desde então aguardava, apreensiva, mas sempre otimista, pela boa notícia, que chegou dia 23 e foi bastante celebrada. Para ela, é um novo começo:
“Apesar de ter enfrentado essa tempestade em minha vida, ela passou de forma leve e, hoje, eu tô muito feliz em saber que a medula pegou e que eu sou a paciente número mil. É um marco pra mim também porque é como se fosse o meu renascimento, é um momento de muita emoção”, celebra Cleonice.
A pega da medula
Diferente de órgãos sólidos, como rim ou fígado, o transplante de medula óssea é feito por meio de uma infusão de células tronco. Por isso, a pega da medula é o nome dado quando o organismo do paciente transplantado aceita as células e começa a produzir células sanguíneas (glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas) de forma adequada, o que costuma ocorrer algumas semanas após o transplante.
Tradição em números
Considerado o maior centro transplantador de órgãos, tecidos e células de Minas Gerais, com mais de 50 anos de experiência, A Santa Casa BH possui um Centro de Transplante de Medula Óssea com 25 leitos e, graças a investimentos na estrutura e equipamentos e à dedicação e treinamento constante da equipe multidisciplinar, tem observado o número de TMO crescer ano após ano.
O protagonismo da Santa Casa BH na área de transplantes conta com o apoio fundamental dos Guardiões dos Transplantes — o deputado federal Diego Andrade e o deputado estadual Mário Henrique “Caixa”. Por meio da destinação de emendas parlamentares, ambos contribuem diretamente para a estruturação, modernização e expansão dos serviços de transplante da instituição.
Para Ana Paula Mota, gerente do Centro de Transplantes, que viu a Cleonice e outros pacientes também ganharem alta e irem para casa com uma nova medula e a saúde restabelecida, esse número mostra a força da instituição nesse tipo de procedimento e o cuidado com que a equipe multidisciplinar lida com cada caso.
“É um número importante não só para a Santa Casa BH mas também para toda a sociedade, porque a gente mostra que aqui o paciente vai ter um tratamento seguro e feito por uma equipe qualificada. E a gente espera, claro, que esse número continue aumentando e para isso precisamos conscientizar a população sobre a importância da doação de medula”, enfatiza.
Como se tornar um doador de medula óssea
Para ser um doador de medula óssea, é preciso ter entre 18 e 35 anos, estar com a saúde em dia e se cadastrar em um hemocentro. Lá, será feita uma coleta de sangue ou saliva para descobrir o tipo de medula o doador possui. Essas informações ficam registradas no banco de dados nacional de doadores (REDOME). Se um dia houver a compatibilidade com alguém que precisa, o hemocentro vai entrar em contato para confirmar a doação.
A doação de medula óssea é um procedimento simples e seguro, e pode ser a única chance de cura para pessoas com doenças graves do sangue, como a leucemia. Em alguns casos, a coleta é feita pelo sangue, em um processo parecido com uma doação comum, e em outros, é retirada diretamente da medula (sob anestesia). Ser doador é um gesto de amor e pode mudar completamente a vida de outra pessoa.
Fonte: Rafael Camara – Assessor de Imprensa – 31 98374-0202