Embora muitos em governo, principalmente em nossos dias não saibam que a palavra Nação significa povo e territorialidade. Sim, sou mesmo um apaixonado por nosso particular mundo.
01-11-2024 às 08h48
José Altino Machado*
Passei dos oitenta. Quantos? Deixa para lá… Mas, não sou daqueles que sempre dizem: “Como o tempo passa rápido”. Seria falso…
Sempre tive tempo para tudo, desde amar, procriar, voar, minerar, escrever e fazer troços inacreditáveis. Meados dos anos sessenta, até a Austrália foi cogitada.
Um mal-entendido com o adido comercial deles, fez gorar a intenção e o projeto. Numa reunião no Rio de Janeiro, aprontando entendimentos quanto as terras que nos seriam entregues em comodato, assunto desviado, a almofadinha disse que eu seria muito bem-vindo a seu país, porque já sendo pai de quatro filhas ajudaria o futuro daquelas plagas que não possuía mais que terço de população feminina.
Para quê? O grandão acreditando que logo eu, brasileiro família do bão, levaria filhas para eles? Era nunca… Resolvi ficar aqui e contribuir para o crescimento válido de boa linhagem nacional.
Podem até rir ou zombarem, mas é verdade, embora pelo que hoje assistimos por aqui, talvez devesse ter ido.
E ao perder uma delas em acidente doméstico, saí a correr Brasil e mundo. E quanto mais ia lá fora, mais adorava meu país.
Estradas poucas, voava muito… Dos sertões dos planaltos e do centro-oeste à época, já vaticinava que quando lhes dessem estradas e meios de escoamento, àqueles torrões, este Brasil sustentaria o mundo. E assim tem sido.
Rodovias feitas, algumas bem, outras malfeitas, atenuei o avião e adotei volantes e quatro rodas de carros. Afinal, queria não apenas estar vendo o grande país, e sim, por que não, toda uma União que se tornava realidade. A um país que proporciona oportunidades e aspirações, será sempre extremamente importante também conhecer os realizadores de tais sonhos.
Embora muitos em governo, principalmente em nossos dias não saibam que a palavra Nação significa povo e territorialidade. Sim, sou mesmo um apaixonado por nosso particular mundo.
Este país é magnífico como nenhum outro. Causa inveja. Mais, invejam a felicidade de nossa gente. Aqui até velório torna-se folclore e do velado fica apenas saudade. Quem discordar que vá viver lá fora para ver como é. Poderá até ganhar muito, mas saudade e coração, aqui sempre estarão.
Muito conheci e conheço este brasilzão. Ele é incrivelmente pacífico e tolerante, posso garantir. Verdade!!!
Por isso mesmo gostaria que tudo o que tenho lido ouvido, escrito e presenciado não existisse. Tenho não só escrito, mas dito coisas eminentemente graves que não parecem serem coisas de brasileiros.
Queria, queria não, quero muito que alguém, algum dia diga publicamente ou mesmo a boca pequena, que tenho mentido com os relatos e as afirmações que faço, até por estes jornais.
Desejaria mesmo que tudo fosse mentira e eu um safado “filho da puta”, (aprendi com Lula), estivesse apenas apregoando e contando irresponsáveis falácias prejudiciais a sociedade, à política e vida nacional.
Mentira minha que nossos povos originários estejam sendo conduzidos, aliciados e usados com finalidades outras que não interesses espúrios. Mas, não prometo a ninguém, mentir que aumentaram ao triplo, seu número no país.
Mentira que seja vilania o que governo e ambientalistas imbecis estejam empregando na Amazônia contra o povo que aqui está.
Não é verdade que o irresponsável Estado em conluio a setores do judiciário esteja provocando desmandos, não só na região Norte, mas por todo o país. Inclusive, ao deixar em registros para a história, que pelos trezentos mortos em estouro de barragens não existam culpados.
Inverídico também, que nosso Supremo tenha se politizado, tornando-se um órgão extremamente hostil a nacionais distantes e/ou discordantes. Principalmente daquelas ignorantes políticas implantadas por organismos civis que, em ações ilegais, buscam sua cobertura, para lhes darem impositiva legalidade.
Inimaginável, que também este Supremo, tenha uma vítima, um acusador e juiz em uma só pessoa, sem nenhuma prudência, cautela ou ponderação, prejudicando o sentido e a existência da justiça.
E é mentira que após eles não caibam recursos. Cabe sim, ao Criador, ou dependendo por mais apropriado aos sempre “inocentes” perdoados, o senhorio do Inferno…
Dizem, dizem, mas também pode ser mentira, que crias em togas, possam contrariar seus criadores. Embora professem como verdade, que a atuação do próprio, como delegadão, no caso de fotos íntimas vazadas, possa lhe ter proporcionado e aberto o caminho à Corte. E muito desejaria de coração que até esse assunto, fosse um mentirão danado.
Como também bom seria, ser invenção nossa, este total despreparo de ministros executivos, quanto a uma série de medidas em campo que tem atropelado gentes e mais gentes, fazendo ainda sucumbir até a própria decência e história de nosso país e povo, ou seja, a UNIÂO.
Sacanagem mentirosa dizer, que um órgão federal como o INCRA, tenha assentado ao longo dos anos centenas de milhares de famílias na Amazonia, algo cinquentenário e que há pouco tempo em gestão anterior uma ministra com direito ambiental próprio e apenas seu, tenha transformado tudo em áreas de proteção para a “humanidade”. Parecendo não ser verdade que as tenha feito, coincidentemente apenas onde só existem ocupações, trabalhos e não querendo somente desocupá-las.
E não estão botando para correr, nem ilegalmente queimando porra nenhuma. ÔÔ calunia…
Trágica mentira é dizer pretender garimpo legal ou que não deva existir. Curiosamente o safado do rei Dom Manuel, dizia que a colônia descoberta estaria logo infestada destes bichos homens que não respeitariam limites de conquistas alheias dos outros países e ainda ficariam descobrindo riquezas a toda hora. A seguir, Rio Branco se aproveitando da turma mentirosa e que ninguém, outros, eram sérios, fez o Brasil assim mesmo.
Segundo ele, ensinando a mentir, Tordesilhas era apenas embuste internacional.
E o mercúrio do garimpo, este então, na história encontrou até o afamado presidente Lincoln para o tomar como laxante. Embora, aqui, o Bostas, da Fiocruz, diga que ele mata, mas todos contam que Lincoln morreu de tiro num teatro e foi com bala de chumbo, não de mercúrio.
Por fim, essa do momento: Todos odeiam o Lula, o Alexandre, o Vice e mais um ou outro. O negócio seria matar todos eles, instituindo assassinatos políticos caboclos.
Ajudo a mentir também, pois quantas mães ouvi dizer, “este menino só matando”. Sei não, mas acho que a minha também disse isso uma porrada de vezes.
Porém, sempre um, porém, eu o José, gostaria realmente que tudo isto dito fosse realmente GROSSEIRAS MENTIRAS INCABÍVEIS.
Sem a realidade delas o gigante brasileiro, por si seria capaz de manter a todos, se não totalmente felizes, mas satisfeitos, que é a procura verdadeira da vida.
Quanto a mim, não tem jeito, vou ter que continuar a espalhar “mentiras” a níveis nacionais, que nem as grandes redes de Tvs. Se bem que, ao contrário delas, com suas “verdades” entre aspas; por cá vamos “mentindo” também entre aspas, que servindo a uma só facção, estejam preservando o Estado Democrático de Direito. Pois sim!!!
Uma vantagem levamos, por sermos diferentes de Pinóquio, que era de madeira, nós humanos, mentindo pela verdade, poderíamos ver crescer não o nariz, mas quem sabe o…
Belo Horizonte/Macapá
*José Altino Machado é jornalista
Nota: na Amazônia, mais que por virtude, muito vale preservar a razão, estar com a verdade e manter boas relações…