Quem nunca experimentou comer jenipapo não sabe o que perde por não consumir
A fruta é rica em ferro, cálcio, vitamina B1 e outras mais que justificam o seu consumo por parte de quem gosta e quem não gosta, mas encara os alimentos como remédios naturais.
07-01-2023
09h:51
Rolando T. Neves*
Jenipapo, quem conhece? Acho uma delícia!
Quando criança, em Montes Claros, no Norte de Minas, na casa da minha tia chamada Geraldinha, irmã mais velha de minha mãe, tinha um jenipapeiro e todas as vezes em que nós irmãos íamos à casa dela, eu corria lá a fim de encontrar algum jenipapo não chão. Sempre tinha.
Jenipapeiro produz o ano inteiro. Gosto de jenipapo de todo jeito, in natura, como licor, xarope e como doce também.
Desidratado, o jenipapo tem um sabor inigualável.
Nesta safra ainda em curso já comi muitos frutos de época: manga, mangaba, cagaita, araçá-una, lixia, jenipapo, jabuticaba, jambo, uva verde, pitomba, pitanga, acerola, jatobá e deve ter mais, mas, no momento, me lembro só dessas.
O jenipapo é composto por nutrientes como ferro, cálcio, vitamina B1, vitamina B2, vitamina B3, vitamina B5, vitamina C, fibras, proteínas e fósforo e com 113 calorias a cada porção de 100 g, é de se esperar que o fruto traga uma série de vantagens à saúde do organismo humano. E como traz!
Mas o jenipapo não desfruta de unanimidade, porque há quem não goste dele alegando ser “ácido demais”.
É aquela conversa, gosto não se discute.
A questão é que encaro os alimentos e as frutas principalmente, como os verdadeiros remédios. Baseado só nos nutrientes do jenipapo, já justifica o consumo dele.
Em determinadas bancas do Mercado Central de Belo Horizonte é possível encontrar jenipapo.
Para o meu gosto, jenipapo bom é aquele que a gente colhe debaixo do pé, porque quando está realmente maduro, ele cai. E assume a aparência de bócio, o famoso papo de quem sofre problema de tireoide.
*Escritor.