Tratamento precoce oferece mais chances de cura e cuidados devem ser redobrados durante o verão e férias, especialmente com crianças expostas ao sol.
23-12-2024 às 12h00
Aryclennys da TOTUM Saúde para o jornal Diário de Minas
Uma simples pinta ou sinal que sofra alterações de cor, forma ou tamanho; uma ferida pequena que talvez não saiba de onde veio, mas que sangra e tem demorado a cicatrizar; manchas vermelhas e ásperas que coçam ou
descamam; um caroço endurecido; uma lesão elevada escura, rósea ou multicolorida. São muitos os possíveis indicativos de câncer de pele, e é preciso estar atento para impedir o agravamento do problema.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele é o mais frequente no Brasil e corresponde a mais de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, podendo levar à morte. Embora esse não seja o
mais letal, o tempo que uma pessoa com câncer de pele leva para perceber algo fora do comum e buscar ajuda pode impactar na cura. O diagnóstico precoce do câncer de pele aumenta as chances de um tratamento bem-
sucedido e menos invasivo.
Só este ano, devem ser registrados novos 211 mil casos de câncer de pele. Os números alarmantes chamam atenção para a necessidade de prevenção contra a doença, como explica a médica dermatologista da TOTUM Saúde,
Dra. Nathalia Murback. “O câncer de pele pode ser evitado através de cuidados diários com a pele, com a finalidade de se proteger do sol e dos raios UV. Evite a exposição solar das 10h às 16h, passe protetor solar diariamente e reaplique ao longo do dia, use chapéus, bonés e blusas de manga comprida”, recomenda
a especialista.
Com a chegada do verão no Brasil, que começa no dia 21 de dezembro de 2024, às 06h21 (horário de Brasília), o risco de exposição ao sol é ainda maior, especialmente durante as férias escolares. Nesse período, muitas crianças
ficam em casa ou em espaços recreativos ao ar livre, como praças, parques, clubes e praias, locais com alta incidência solar. O cuidado com a pele precisa ser redobrado pelos pais, garantindo que as crianças não sofram com os danos causados pelos raios UV, que podem levar ao câncer de pele ou outros problemas cutâneos mais graves. Crianças podem usar protetor solar a partir de 6 meses de idade com formulações infantis, que são mais suaves, não agridem a pele e não provocam alergias.
Outra orientação da médica é a realização de um check-up dermatológico no mínimo anual, mas que deve ser antecipado sempre que algo parecer anormal. “Muitas vezes, o paciente percebe na pele um caroço, mancha ou ferimento, por exemplo, mas não leva a sério e demora a procurar atendimento, o que prejudica o tratamento, tornando-o mais complicado. Qualquer suspeita é o suficiente para passar por um especialista e, quem sabe, realizar uma biópsia para confirmar ou mesmo eliminar a possibilidade”, reforça a dermatologista.
Em Goiás, no ano passado, a estimativa do Inca era de mais de 9.740 novos casos de câncer de pele (melanoma e não melanoma). Como um alerta para a população brasileira, este mês, realiza-se a campanha Dezembro Laranja, de combate ao câncer de pele. A informação pode salvar vidas.
Dra. Nathalia Murback, dermatologista da TOTUM Saúde, reforça cuidados essenciais para prevenção do câncer de pele. Seguem suas principais orientações:
- Evitar a exposição solar no horário de maior risco:
A radiação ultravioleta é mais intensa entre 10h e 16h. Evite ficar exposto ao
sol nesse período. - Usar protetor solar diariamente:
Aplique o protetor solar com FPS adequado antes de sair de casa e reaplique
ao longo do dia, especialmente após contato com água ou suor. - Adotar acessórios e roupas de proteção:
Chapéus, bonés, óculos de sol e roupas de manga longa são aliados na
proteção contra os raios UV. - Realizar check-ups dermatológicos regulares:
Consulte um dermatologista ao menos uma vez por ano ou sempre que notar
alterações na pele, como manchas, caroços ou ferimentos que não cicatrizam.
- Investigar alterações suspeitas:
Qualquer mancha, ferida ou sinal anormal deve ser avaliado por um
especialista, e, se necessário, uma biópsia pode confirmar o diagnóstico
precoce.