Greve da Polícia Civil de Minas Gerais por melhores salários - créditos: divulgação
28-10-2025 às 09h56
Direto da Redação
Sem avanços nas negociações com o governo estadual, os policiais civis de Minas Gerais confirmaram a realização do protesto previsto para esta terça-feira (28), em Belo Horizonte. A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Servidores da Polícia Civil (Sindpol/MG), acontecerá na Praça da Assembleia Legislativa e poderá se estender em passeata pelas ruas do centro da capital.
Durante o ato, a categoria realizará uma assembleia-geral para votar a possibilidade de paralisação das atividades. A decisão ocorre após mais de um mês sem retorno do governo mineiro às reivindicações apresentadas pelo sindicato. Segundo o Sindpol, desde o anúncio do protesto, o Executivo estadual não demonstrou disposição para o diálogo.
Em nota, o sindicato afirma que o movimento é uma resposta a um cenário de “desvalorização e abandono” da corporação. A entidade destaca que os policiais civis mineiros recebem o quarto pior salário do país e enfrentam estagnação na carreira, além de um déficit significativo de efetivo. O documento também denuncia a sobrecarga de trabalho, o acúmulo de funções e as condições precárias em delegacias, com falta de estrutura, combustível para viaturas e recursos básicos. De acordo com o Sindpol, esses fatores têm contribuído para o adoecimento físico e mental dos profissionais.
O presidente do Sindpol, Wemerson Oliveira, ressaltou a importância da mobilização e da votação que definirá os rumos do movimento. “Esperamos uma grande participação dos policiais civis de todo o estado. Esta assembleia será decisiva para demonstrar a insatisfação da categoria e definir os próximos passos diante da falta de diálogo e valorização”, afirmou.
O sindicato informou ainda que tentou contato com o vice-governador Mateus Simões, que esteve à frente do Executivo na última semana, mas não obteve retorno.
Procurado, o governo de Minas Gerais ainda não se manifestou sobre as reivindicações da categoria nem sobre a possibilidade de abertura de negociação com o Sindpol.
Fonte: Sindipol

