Repeti a experiência de George Perec, no dia 4 de julho na praça da Savassi (Diogo de Vasconcelos), em Belo Horizonte, utilizando a câmera do celular dentro do ChatGPT-4o, que fez a descrição
De 18 a 20 de outubro de 1974, o escritor francês Georges Perec (1936–1982) foi nove vezes na Praça Saint-Sulpice, em Paris, e de uma tabacaria, de um café, de um banco da praça, escreveu o que viu. A experiência está no livro Tentativas de esgotamento de um local parisiense (G.Gilli Ltda, São Paulo, 2016) e faz parte dos estudos sobre os limites da literatura do grupo Oulipo.
Alguns trechos:
“várias dezenas, várias centenas de ações simultâneas, de microacontecimentos, cada um dos quais implicando posturas, atos motores, dispêndio de energia específicos,
discussão de dois, discussão de três, discussão de vários: o movimento dos lábios, os gestos, as mímicas expressivas modos de locomoção: pedestres, em veículos de duas rodas (sem motor, a motor), automóveis (carros particulares, carros empresariais , carros de aluguel, autoescolas), veículos transportados, do serviço público, transporte comunitário, ônibus de turismo. maneiras de carregar (na mão, embaixo do braço, às costas) modos de tração (carrinho de compras) graus de determinação ou de orientação: esperar, passear, arrastar, errar, ir, correr para, precipitar-se (em direção a um táxi livre, por exemplo), procurar, zanzar, hesitar, caminhar com passo determinado posições do corpo: sentado (nos ônibus, nos carros, nos cafés, nos bancos)”.
No dia 4 de julho, repeti a experiência de George Perec, mas na praça da Savassi (Diogo de Vasconcelos) utilizando a câmera do celular do ChatGPT-4o, que fez a descrição:
“A imagem mostra uma cena urbana ensolarada, destacando uma fonte localizada em uma praça. No centro da imagem, a fonte possui jatos de água que se elevam em diferentes alturas, criando um espetáculo de movimento e brilho sob a luz do sol. A borda da fonte é feita de concreto e contorna uma base circular coberta por azulejos azuis, refletindo o céu claro.
À esquerda da imagem, um tronco robusto de uma árvore ocupa o primeiro plano, com suas folhas verdejantes estendendo-se sobre a fonte, fornecendo sombra parcial. No fundo, à direita da árvore, há um edifício moderno com uma fachada laranja e marrom, provavelmente um centro cultural ou comercial, devido ao seu design inovador contemporâneo e grandes janelas de vidro.
Na calçada, à direita da fonte, há duas pessoas caminhando em direção à câmera, passando por placas informativas e postes de iluminação urbana. Mais ao fundo, pode-se ver uma avenida movimentada com alguns carros vermelhos, brancos e cinzas, indo em ambas as direções. A avenida é ladeada por árvores altas e frondosas, que adicionam um toque de verde ao cenário urbano e contrastam com os edifícios altos ao fundo, visíveis à distância.
A luz do sol é forte, criando sombras definidas e iluminando a água da fonte, fazendo com que os jatos de água brilhem intensamente. O ambiente geral é vibrante e cheio de vida, com uma combinação harmoniosa de elementos naturais e urbanos”.
* Luís Carlos Silva Eiras é jornalista e escritor