Senador Rodrigo Pacheco e o presidente Lula - créditos: carta capital
19-11-2025 às 10h36*
Samuel Arruda8
O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) informou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que pretende encerrar sua trajetória na vida pública. A revelação ocorreu durante encontro entre os dois no Palácio do Planalto, na última segunda-feira (17), ocasião em que Lula comunicou ao parlamentar que ele não seria o indicado para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF).
Em nota enviada à CNN Brasil, Pacheco descreveu a reunião como cordial e direta. Segundo ele, Lula já havia escolhido outro nome para o Supremo, decisão que o senador afirma respeitar. Pacheco também destacou que se sentiu honrado por ter sido lembrado para o cargo por diversas lideranças políticas, entre elas o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, colegas do Congresso e até ministros do próprio STF. O senador reiterou ainda que sua intenção de deixar a vida pública ao fim do atual mandato é antiga e que a decisão final será tomada em conjunto com seus aliados políticos no Senado e em Minas Gerais.
Cotado para substituir Luís Roberto Barroso na Suprema Corte, Pacheco contou com o apoio de Alcolumbre, um dos principais defensores de seu nome para a vaga.
Além disso, o senador mineiro era considerado por Lula a principal opção para disputar o Governo de Minas em 2026 com o apoio do PT. Suas declarações após o encontro no Planalto, no entanto, reforçam que ele deverá abandonar também essa possibilidade e se afastar definitivamente da política.
O nome do senador Rodrigo Pacheco em Minas Gerais, apesar dos relevantes serviços prestados aos municípios e ao Estado — com destaque para as negociações da dívida mineira com a União e, sobretudo, por seu apoio integral ao governo do presidente Lula —, não lhe rendeu dividendos políticos. Seu desempenho nas pesquisas de opinião como possível candidato ao governo mineiro não decolou. Com isso, o que se pôde observar nos meses seguintes à sua saída da presidência do Senado foi um visível desânimo em relação ao projeto.
*Samuel Arruda é jornalista e articulista

