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Onde estão os entraves da mineração

Onde estão os entraves da mineração

O ex-ministro Aldo Rebelo aponta, nesta entrevista ao Diário de Minas, as intenções de financiadores estrangeiros de ong´s brasileiras contra a atividade minerária nacional

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16-12-2023 às 08:08h.

Alberto Sena*

Ele é chamado Aldo Rebelo, mas o nome completo dele é José Aldo Rebelo, e sua resumida biografia diz que é jornalista, escritor e político brasileiro, filiado ao Partido Democrático Trabalhista (PDT)”.

Por cinco mandatos, pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), foi deputado federal por São Paulo e presidiu a Câmara Federal. Nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e de Dilma Rousseff, Aldo foi ministro da Defesa, da Ciência, Tecnologia e Inovação, do Esporte e da Coordenação Política e Assuntos Institucionais

Aldo Rebelo tinha acabado de falar ao microfone na solenidade da Associação de Mineradoras de Ferro do Brasil (AMF), uma espécie de prestação de contas dos seus oito meses de criação, que será motivo de cobertura adiante. O encontro foi realizado no Coco Bambu Anchieta, em Belo Horizonte.

Como dizia, Aldo Rebelo tinha acabado de falar ao microfone, sem o chapéu que costuma usar, deixado sobre um sofá e, durante pelo menos meia hora, ele proferiu uma verdadeira aula de Brasil, dentro da ótica da mineração.

Ao terminar, foi aplaudido de pé e nem bem havia acabado de ocupar o assento à mesa posta para o almoço, ele atendeu ao convite do diretor do Diário de Minas, Soelson Barbosa Araújo, e concedeu uma entrevista exclusiva. Saímos juntos do recinto lotado de personalidades ligadas à área de mineração.

Estimulado pela pergunta sobre qual é o principal entrave da mineração, pergunta feita de maneira genérica, ele apontou duas questões. A primeira delas é “o custo ambiental” e a outra “o custo da logística”. Quem está interessado na atividade precisa cuidar do licenciamento a fim de poder iniciar a exploração de uma mina, e, é claro, precisa transportar o mineral.

Quando pela frente acontece um bloqueio, seja pela legislação ambiental ou pela logística, o transporte via porto, hidrovia, ferrovia, isso praticamente impede o usufruto da riqueza. É o que está acontecendo na Amazônia, segundo disse Aldo, que passou um bom tempo na região e pôde conhecer bem de perto o que se passa.

Como ele já não estava mais lá na região e sim em Belo Horizonte, capital que acaba de comemorar 126 anos, o interesse era saber dele se a mesma coisa é observada em Minas Gerais. Aldo disse que aqui é diferente porque a mineração é uma atividade muito mais antiga do que a da Amazônia.

Em Minas, quando a mineração começou, disse ele, não havia bloqueios como os encontrados na região Amazônica, mas se percebe que, aqui, o nível de pressão e de exigências vem crescendo e com isso o custo da atividade vai se elevando cada vez mais e afinal dificulta que o Brasil venha a ser competitivo com outros países.

No caso de Minas Gerais, Aldo percebe que há pressão sobre a renovação do licenciamento e ele vê se acumulando novas exigências, que, muitas das vezes, os empresários do ramo não conseguem atender e assim surgem as pressões dos custos e as ameaças de paralisação da atividade.

Aldo Rebello citou nessa sua conversa com o Diário de Minas duas palavras que soam como entraves para a mineração aqui: “pressão” e “bloqueio”. E como disse ele, ao ser perguntado qual seria o interesse de quem exerce essa pressão e esse bloqueio, pôs o dedo nas feridas.

São duas as fontes. A primeira dessas fontes é de gente da sociedade mineira e brasileira, desinformada a respeito da importância da atividade minerária para a economia brasileira e não só a economia, mas a criação de empregos e bens de consumo. Essas pessoas são incapazes de perceber que a atividade tem mais de positivo do que de negativo.

A outra fonte, essa a mais terrível, são as Organizações Não Governamentais que aceitam ser financiadas por estrangeiros que têm as riquezas do Brasil como reservas para eles, quando não tiverem mais nada lá fora, virão em busca de nossas reservas minerais conservadas por instituições vendidas.

Na entrevista, ele não usou a palavra “colônia”, mas implícita estava porque inevitavelmente, enquanto durar, o Brasil continua colônia, não de Portugal, mas de vários outros países.

Então, o que fazer para acabar com os entraves da mineração? Ele respondeu que é necessário leis apropriadas criadas pelo Congresso Nacional e pelos governos. Só que ele mesmo não acredita que “esse governo” (palavras dele) vá fazer alguma coisa porque está comprometido com as ong’s.

Em síntese, a julgar pelo que Aldo Rebello disse ainda vai levar tempo para que as autoridades venham a entender que precisam melhorar a vida das pessoas que estão sobre as riquezas que serão levadas daqui, quando chegar o momento, pelos financiadores das ong´s. Mas ele não apontou o nome de nenhuma.

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Comentário

Estou chocada! As ONGs impede os brasileiros de ter uma vida digna. Parabéns Aldo Rebelo

O Brasil tem jeito! Depois desta reportagem fiquei otimista. Um ex-ministro de Dilma e Lula, se posicionar desta forma; só tenho a elogiar. O Brasil precisa ouvir mais Aldo Rebelo.

 

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