Reza a tradição mineira que os tempos dos mandatos devem ser respeitados.
Nessa mesma linha do conselheiro, tentaram fazer algo semelhante quando o presidente era Olavo Machado, que foi sucedido pelo atual presidente, Flávio Roscoe Nogueira, que está no poder da Fiemg desde o mês de maio de 2018.
20-11-2024 às 10h00
Direto da Redação
O poder político, seja qual for, quando sobe à cabeça de determinadas pessoas acaba por virar uma bizarrice, para não dizer algo pior. É o caso do que acontece na Federação das Indústria do Estado de Minas Gerais (Fiemg), onde pelo menos um conselheiro da atual diretoria joga balão de ensaio para ver se cola. Disse que a atual diretoria devia continuar à frente da instituição para cumprir outro mandato porque os grandes projetos, como as escolas, ainda não foram inaugurados e seria de grande valia, como acentuou, que pudesse inaugurar senão todas, pelo menos um bom tanto.
Um conselheiro desse ao gerar uma ideia dessa, assume o perfil ditatorial embutido nele além do puxa-saquismo conhecido, simplesmente ignora o que é próprio da democracia, isto é, os limites dos mandatos. Fiemg nunca teve mandato de presidente prorrogado, logo os opositores dessa ideia se adiantaram, segundo publicou o “Portal Bem Minas”. Reza a tradição mineira que os tempos dos mandatos devem ser respeitados.
Nessa mesma linha do conselheiro, tentaram fazer algo semelhante quando o presidente era Olavo Machado, que foi sucedido pelo atual presidente, Flávio Roscoe Nogueira, que está no poder da Fiemg desde o mês de maio de 2018. O argumento do conselheiro é o de que o mandato é muito curto e os projetos da diretoria são vários e não vai dar tempo para inaugurar, por exemplo, as escolas. Isso e outros projetos mais da diretoria, na opinião do conselheiro, justificam a prorrogação do mandato.
Só que o conselheiro se esquece de que os projetos não são da diretoria, mas da Fiemg. E podem muito bem ser concluídos pela diretoria nova, democraticamente eleita para seguir em frente. Se os projetos fossem da diretoria, pessoalmente, seria o caso de ela levar consigo depois de cumprir o mandato. E isso é incabível.
Na realidade, as diretorias passam e a instituição Fiemg permanece. E quem quer prorrogar mandato certamente está viciado no poder e não quer largar, como no diz no popular, “o osso”.