O surgimento e a representatividade das mascotes no âmbito esportivo
Com o tempo, as mascotes se tornaram símbolos de empresas e organizações esportivas. A primeira no ramo esportivo foi de futebol americano Princeton Tigers.
14-10-2023 às 09:31h.
Flávio Albuquerque*
De acordo com as normas da Língua Portuguesa, mascote é um substantivo feminino, já que é proveniente da palavra feminina francesa mascotte que significa uma pessoa, animal ou objeto com o intuito de trazer sorte. Isso começou numa ópera em 1880, em Paris, quando uma jovem atraía boa sorte e passou a ser utilizada como uma espécie de amuleto por pessoas próximas. Mesmo se fizer referência ao universo masculino, é correto usar o termo no feminino como a mascote Fuleco que representou a Copa do Mundo no Brasil. Mas você sabe como surgiram as mascotes?
A origem das mascotes está na Grécia Antiga, já que estátuas de animais eram utilizadas como amuletos de sorte. Durante a Primeira Guerra Mundial, os soldados americanos tiveram a ideia de usar animais como mascotes para representar suas unidades.
Com o passar do tempo, as mascotes se tornaram símbolos marcantes de empresas e organizações esportivas. A primeira mascote no ramo esportivo foi da equipe de futebol americano Princeton Tigers. Depois disso, tornou-se algo natural e até mesmo de marketing, uma vez que algumas equipes utilizam mais o nome da mascote do que do próprio clube. Como exemplo, têm-se o América, o Atlético e o Cruzeiro, representando os times mineiros de futebol.
A primeira mascote a fazer parte dos Jogos Olímpicos foi o cãozinho Waldi, em 1972, em Munique, na Alemanha. Esse cão era um “Dachshund”, raça popular da Bavária que foi colorido por funcionários do comitê olímpico. A finalidade das mascotes é promover a marca e transmitir sensibilidade ao público. O urso Misha foi o exemplo clássico disso ao chorar no encerramento dos Jogos Olímpicos de Moscou, na Rússia. Nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, tivemos o Tom e o Vinícius que representavam a flora e a fauna brasileiras. Ambos foram escolhidos por votação via internet e homenagearam os grandes artistas da MPB, Tom Jobim e Vinícius de Moraes. No próximo ano, teremos as Olimpíadas em Paris e tem tudo para a mascote Phryges fazer sucesso, já que simboliza gorros (frígios) que representam liberdade, inclusão e habilidade das pessoas de apoiarem causas grandes e significativas.
Já no que diz respeito à Copa do Mundo de Futebol, a primeira mascote foi apenas inaugurada na Copa de 1966, na Inglaterra, através do leão Willie. Na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, o Fuleco, tatu-bola, representava a junção entre futebol e ecologia.
No ramo esportivo, os clubes adotaram a estratégia de inserir a mascote para apresentar uma identidade do clube, além de visarem ao lucro, pois ocorre a comercialização de produtos com os seus respectivos amuletos. Engana-se quem acha que a criação das mascotes é apenas no universo esportivo. Várias empresas apresentam a mascote como um rótulo do sucesso, como o Ronald da McDonald´s.
Enfim, as mascotes dão um charme a mais aos eventos esportivos, criando um laço de simpatia e união para o país sede e também para a confraternização entre as nações. Essa diversificação entre as culturas é muito relevante e que tenhamos várias mascotes pela frente nos próximos eventos.
Flávio Albuquerque, professor de Língua Portuguesa e jornalista esportivo, é colunista do Diário de Minas.
2 comentários
Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Envie seu comentário preenchendo os campos abaixo
Nome
|
E-mail
|
Localização
|
|
Comentário
|
|
Ótima coluna! Assim vemos que esporte, cultura e ecologia podem e devem andar de mãos dadas.
Amoo essa coluna, muito interessante e criativa, meus parabéns ao Diário e ao Jornalista Flávio Albuquerque.