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O jornalista e escritor Roberto Drummond foi à Savassi hoje, das 10h às 13h, em celebração

O jornalista e escritor Roberto Drummond foi à Savassi hoje, das 10h às 13h, em celebração

O encontro foi a cara dele, e ele recebeu gente que não se via há décadas. Foi uma oportunidade para cada um dos que compareceram ao evento refletir sobre como passa pelo tempo

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25-06-2023 - 18h:27

Direto da Redação

O jornalista e escritor Roberto Francis Drummond esteve presente na Savassi, hoje, na Rua Antônio de Albuquerque, em Belo Horizonte, das 10h até às 13h, pelo menos, não fisicamente, mas espiritualmente porque ele foi celebrado por uma porção de amigos, colegas de redação, admiradores, em um evento patrocinado pelo jornalista e cineasta Breno Milagres.

Foi um encontro a cara de Roberto Drummond, e ele recebeu gente que não se viam há décadas. Foi uma oportunidade para cada um dos que compareceram ao evento pudesse refletir sobre o tempo que não passa porque é sempre o mesmo, mas como as pessoas passam por ele, numa experiência natural.

Muitos dos seus amigos também já se foram e se há privilégio para os que lá compareceram fisicamente estar vivos, boa foi a ideia de Breno Milagres celebrar pessoas como Roberto Drummond, que influiu de tal forma na projeção de uma Savassi por ele amada tanto, ao ponto de nela ficar plantado em formato de escultura feita pelo escultor Léo Santana.

Estiveram presentes nessa homenagem a quem conhecia a alma humana e por isso escreveu os livros como A Morte de DJ em Paris, com o qual ganhou o prêmio de literatura do Paraná; e Hilda Furacão dentre muitos outros, os jornalistas Manoel Guimarães, Carlos Felipe Horta, o casal Sílvio/Mirtes Scalioni, Ivan Drummond, Alberto Escalda, Hélia Ventura, Vera Godoi, Olympio Coutinho, Jorge Fernando Santos, Isabela Teixeira da Costa, Carlos Herculano Lopes, Mônica Santos, ex-jogador Reinaldo, Sérgio Moreira, Wanderley Lima (Pantera), Jorge Fernando dos Santos, Alessandra Mello, Alexandre Sales, Dalila Lopes Abelha, Eduardo de Ávila, e muitas outras pessoas.

Houve quem fosse até o microfone para falar de algum assunto relacionado com a convivência com Roberto Drummond, como Mirtes Scalioni, Arnaldo Viana, Carlos Herculano, Jorge Fernando dos Santos, que, inclusive, chamou a atenção para um detalhe que não se tinha percebido, os títulos de quase todos os livros de Roberto Drummond falam em morte, desde o primeiro deles, A Morte de D. J. em Paris, Quando Fui Morto em Cuba, Sangue de Coca-Cola, Ines é Morta, isto, na opinião de Jorge Fernando dos Santos, jornalista e escritor com uma série de livros publicados, significa que Roberto tinha medo da morte ou de morrer.

Ele não falou, mas quem conviveu com Roberto sabe, ele, ao lado da genialidade dele, era hipocondríaco e tinha certos medos, como de tomar elevador, viajar de avião, e até mesmo atravessar uma rua.

Foram muitos os casos contados sobre o colega de redação. Daria até para escrever um livro. Mas dentre os casos contados, o de Isabela Teixeira da Costa foi um dos mais engraçados. Em viagem pelo jornal com Roberto e um terceiro personagem, ela teve de enfrentar uma situação cheia de constrangimentos, como o de ter de dormir em um hotel com Roberto Drummond na mesma cama, porque o hotel só tinha uma vaga.

A cama era de casal e ela mostrou para Roberto o limite dele e o dela: “Daqui pra lá é seu canto, daqui para cá é meu”. Em um clima desse, nenhum dos dois dormiu. Mas a noite passou tudo bem, cada um fazendo de conta que dormia.              

O ex-jogador Reinaldo foi lá na frente falar de Roberto que foi quem deu a ele a ideia de comemorar os gols parado e com o braço de punho fechado para o alto. Em seguida, ele leu uma crônica que Roberto escreveu a partir de um gol dele considerado o mais bonito da ocasião.

Entre uma fala e outra alguém assumia o palco improvisado na Gujoreba. O casal Sílvio/Mirtes Scalioni fez uma apresentação para saudar o amigo e colega de redação, um camarada que sabia distinguir e estimular os talentos dos mais jovens e que para muitos foi um exemplo profissional a ser seguido.

Imagem da Galeria Foi uma celebração digna de Roberto Drummond, ideia do jornalista e cineasta Breno Milagres
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