A previsão é a de que os acumulados de chuva vão cair nesta segunda quinzena do mês de novembro. O problema é que cidade não foi preparada para resistir aos impactos
14-11-2024 às 12h:00
Direto da Redação
Tanto clamamos aos céus pelas chuvas, que, neste período vieram atrasadas e atribuímos isso às mudanças climáticas, porque elas vieram com força e volume. O esperado para Belo Horizonte, hoje, vai comprovar a vulnerabilidade da cidade para enfrentar situação como essa e as que ainda virão.
O prefeito municipal Fuad Noman II ainda nesta administração havia prometido acabar com as enchentes que nesta quarta-feira chuvosa provocou o rompimento de represa do Parque Lagoa do Nado e ficará fechado sem data prevista para reabrir.
O que não choveu no final de setembro e início de outubro, quando em situação normal as chuvas começavam a cair, e chovia tanto no período que BH ganhou a fama de cidade onde mais chove no Sudeste, a previsão para este novembro é de muita chuva.
Se antes clamamos pelas chuvas, agora vamos reclamar delas, numa demonstração tamanha de ingratidão, porque elas em si nada têm a ver se as suas águas fazem estragos, a cidade é que não está preparada para recebê-las.
Nesta quarta-feira, segundo a Defesa Civil, choveu o dobro que previa – 100 mm – e vários alagamentos e inundações aconteceram, mas sem registro de vítimas humanas.
O mais espantoso foi o rompimento da barragem do Parque Lagoa do Nado, que ficará fechado e não tem data para reabrir. O presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte, Gelson Leite, disse que o parque, localizado no Bairro Itapoã, Pampulha, vai passar por reparos e para isso deverá realocar a flora e fauna, que sofreram grande impacto.
As duas equipes que estão trabalhando no parque recolhem cactus que são colocados em recipientes e até que possam ser colocados nas águas da represa, onde servem de alimento para os peixes.
Segundo Gelson, a estrutura que se rompeu na no Parque da Lagoa do Nado, de 22 mil metros, tinha 63 milhões de litros e vinha sendo monitorada, não apresentava problema nenhum.
Com o rompimento da barragem, a Avenida Pedro I ficou alagada e o trânsito impedido, tendo sido liberado no final do dia.
O subsecretário de proteção e Defesa Civil de Belo Horizonte, coronel Valdir Figueiredo, disse em entrevista coletiva, que o acumulado superou os 100 mm, O “vetor Norte da cidade” foi o mais atingido.
O curioso é que a Defesa Civil havia emitido alerta com previsão entre 40 e 60 mm.
O prefeito Fuad Noman II que fique com as barbas de molho e prepare a capital para resistir aos eventos das mudanças climáticas. O que estamos assistindo é uma amostra do que poderá vir.