O argonauta Soelson Barbosa
O primeiro foi o grego Ícaro, mas ele tibumba no chão, pois se aproximou demasiado do Sol e a cera se derreteu e ele restou depenado
13-11-2023 às 07:40h.
Ser humano algum mal consegue andar se não for adestrado por outro ser humano, diferentemente dos outros animais, ditos inferiores, e que já saem do útero andando e pastando. Aliás, nos humanos até o comer é fruto da aprendizagem.
Animais feitos para voar, num dado momento são empurrados de seus ninhos por suas mamães e nem chegam ao chão, pois naquela fração de segundos conseguem voar. Os, feito os peixes, nascem nadando, assim como filhotes de cobras saem rastejando assim que nascem.
Embora não programados para tal, conseguimos, nem todos, aprender a nadar, mas ainda não conseguimos voar senão em aviões, helicópteros ou naves espaciais, mas são voos destituídos de penas e do bater de asas.
Mas a longa história da humanidade registra duas tentativas em que homens intrépidos e engenhosos depenaram galinhas e patos, colaram à cera de abelha suas penas em seus corpos e, ainda que por pouco tempo, conseguiram voar.
O primeiro foi o grego Ícaro, mas ele tibumba no chão, pois se aproximou demasiado do Sol e a cera se derreteu e ele restou depenado.
O segundo foi o turmalinense e meu amigo Soelson Barbosa, que também depenou uma penosa, cobriu o seu esmirrado corpo de menino danado e alçou voo da beirada do imenso buracão.
Seus admiradores afirmam que ele subiu alto, contornou a bela igreja matriz da Piedade, cruzou o Ribeirão do Fanha, passou pela lateral da Fazenda Mumbuca, da minha irmã Santinha Mota e, em Minas Novas, contornou o histórico Sobradão, tal qual o fez Santos Dumont em seu 14 Bis, ao contornar a Torre Eiffel, em Paris.
Naquele memorável 30 de fevereiro, o intrépido aeronauta Soelson Barbosa aterrissou no Mar da Tranquilidade do Baixeiro de Turmalina.
E foi justo aquela experiência que lhe permitiu alçar voos mais altos, como se tornar prefeito da Jóia do Vale e hoje empresário de sucesso.
Mas os adversários até hoje afirmam que aquilo foi um voo fake e que Soelson não apenas saiu do Buracão todo relapado e com um enorme galo na testa, como que querendo dizer que ele não é bom da cabeça. Aliás, nem Santos Dumont restou a salvo disso, pois os norte-americanos até hoje não aceitam que ele seja o Pai da Aviação.
Como sou amigo de Soelson e, menino pequeno em Minas Novas, o vi quase arrancando as telhas do Sobradão, fico com a primeira versão.
Só sei que foi assim!
*Carlos Mota é ex-deputado federal, procurador federal, é imortal da ALVA
Nota: Soelson hoje é piloto experiente, político, empresário e escritor.
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