Numa prova de estupidez humana, Oriente Médio pega fogo
Se se pode comparar o que lá acontece com alguma coisa, é como se um grande meteoro, um bólido caído do espaço tivesse atingido a Terra.
11-10-2023 às 17:08h
Bento Batista*
Não há como ficar alheio ao conflito entre Israel, Hamas e Hezbollah, no Oriente Médio. Uma guerra entre Rússia e Ucrânia já é um incômodo enorme, e o que acontece no Oriente Médio incomoda muito mais, porque aquela área do globo é de uma sensibilidade à flor do primeiro disparo.
E da forma como tudo recomeçou, com conotação terrorista, um ataque de surpresa, que matou gente inocente – só em uma apresentação musical, 260 pessoas foram mortas – com o potencial desse, as consequências são imprevisíveis e poderá afetar a todos nós mineiros e brasileiros mesmo não estando nas áreas conflituosas.
Se se pode comparar o que lá acontece com alguma coisa, é como se um grande meteoro, um bólido caído do espaço tivesse atingido a Terra. Evidentemente, o impacto maior é recebido pelas forças beligerantes e em seguida a sociedade civil, em meio a qual deve haver quem quer a paz.
É mais que sabido, esse conflito está relacionado com a causa bíblica entre judeus e palestinos, que se julgam os donos das terras. A situação chegou a esse ponto porque foi criado o “Estado de Israel” e a Organização das Nações Unidos (ONU) devia ter criado também o “Estado da Palestina”, na ocasião, em 1948. Mas assim não fez e eis a questão.
O mais grave, no entanto, é a junção Hamas-Hezbollah. Ambos têm por objetivo a destruição de Israel, o que evoca os tempos bíblicos do apocalipse. E, é claro, o objetivo de Israel é acabar com o inimigo que o surpreendeu dentro do próprio país, no dia de sábado. Sem dúvida, o ataque mexeu com os brios israelenses.
Depois desse ataque que culminou numa série de outros, de ambas as partes, chega-se à conclusão de que a inteligência israelita cochilou e se estivesse atenta poderia ter contido o mal pela raiz naquele fatídico sábado.
Agora, a situação chegou a tal ponto que, se não houver um mediador para tentar apaziguar, há sempre o temor de uma “terceira guerra mundial”, acaso o conflito venha a ter o envolvimento de outras nações. Mas, levando-se em consideração como tudo começou, com ataques típicos de terrorismo, até agora a impressão que se tem é a de que as nações de modo geral estão expectantes.
Declaradamente os Estados Unidos só até agora se manifestou porque é sabido desde muito tempo, mexer com Israel é mexer com a potência norte-americana, cuja economia, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, tem por base os judeus ortodoxos fugidos do nazismo, que foram para a América e lá permanecessem.
Daqui para frente só resta aos demais países do globo a torcida para que a guerra não ganhe os contornos tomados pelo conflito em Rússia e Ucrânia, porque a parte consciente e responsável da humanidade não suportará mais essa demonstração de estupidez humana, de ambas as partes – e olha que eles são primos.
*Jornalista e escritor
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