As vendas através das redes sociais precisão, sim, serem controladas. - créditos: divulgação
22-12-2025 às 11h28
Direto da Redação
O Diário de Minas vem a público manifestar repúdio diante dos graves indícios de publicidade enganosa e possível fraude relacionados à empresa que se apresenta como Dahora Magazine, responsável pela comercialização de sapatênis estilo esporte fino, anunciados pelo valor de R$ 187,00 o par, com a promessa de envio de um segundo par idêntico como brinde.
A referida oferta tem sido amplamente veiculada em diversos portais de notícias, redes sociais e plataformas digitais, por meio de anúncios patrocinados, muitos deles exibidos de forma aleatória em páginas jornalísticas, em parcerias de distribuição de publicidade digital, inclusive com o uso de grandes redes de anúncios online.
Nos últimos dias, o Diário de Minas tem recebido inúmeras reclamações de leitores e consumidores, que relatam a não entrega dos produtos adquiridos, ausência de informações sobre rastreamento, bem como falta de retorno efetivo por parte da empresa anunciante. Apesar de divulgar o endereço eletrônico contato@dahoramagazine.com, consumidores afirmam não obter respostas claras ou qualquer solução para os prejuízos sofridos.
Chama atenção a forma chamativa e simpática da publicidade, que afirma que a empresa já teria comercializado mais de 36 mil pares de calçados, sem que haja comprovação pública da efetiva entrega desses produtos aos compradores, o que reforça os indícios de irregularidade.
Diante do volume de denúncias recebidas, o Diário de Minas alerta que este caso pode se enquadrar nas práticas vedadas pelo Código de Defesa do Consumidor, especialmente nos dispositivos que tratam de publicidade enganosa, oferta não cumprida e possível obtenção de vantagem ilícita, sem prejuízo de outras tipificações nas esferas cível, administrativa e penal.
Este caso não é isolado. Ele integra um cenário mais amplo de anúncios potencialmente fraudulentos que se proliferam nas redes sociais e em ambientes digitais, explorando a boa-fé do consumidor brasileiro, em especial daqueles com menor familiaridade com mecanismos de verificação e segurança no comércio eletrônico.
Diante disso, o Diário de Minas conclama os PROCONs, os órgãos de defesa do consumidor, bem como os serviços de inteligência governamentais e as autoridades responsáveis pela cibersegurança, a apurarem os fatos com rigor, adotando as medidas cabíveis para cessar a veiculação de anúncios suspeitos, responsabilizar eventuais infratores e proteger a população contra golpes digitais.
O jornal reafirma seu compromisso com a informação responsável, a defesa do interesse público e a denúncia de práticas que atentem contra os direitos do consumidor e a credibilidade do ambiente digital.
