10-03-2024 às 08h:28

 Direto da Redação

O ambientalista de Pirapora, no Norte de Minas, Aparício Mansur, ferrenho defensor da reforma, que tarda, do símbolo da Marinha em Minas, o Vapor Benjamim Guimarães*, no momento sobre “fogueira”, fora do leito do Rio São Francisco, se diz apreensivo com o fim das chuvas na região.

Como em quase todo lugar, nesta temporada choveu pouco e em consequência, o nível do Rio São Francisco está como nunca nesta época do ano, bem abaixo.

O nível da barragem de Três Maria está abaixo de 60% e com o fim das chuvas, porque as águas de março anunciam o término da temporada, a situação ficará crítica até vir o próximo período das águas.

É sabido que há uma previsão nada positiva em relação ao Rio São Francisco, a essa altura poluído, contaminado por produtos químicos, as margens carentes de matas ciliares e uso exclusivo das águas para produção de energia elétrica, como é o caso de Três Marias, até 2030 o rio desaparecerá da paisagem

Quem tem olhos de ver enxerga os sinais, como o ambientalista Mansur, que se mostra preocupado com a situação do rio. Ele assiste, impotente de fazer algo além de denunciar a situação.

Pescadores são expulsos de suas terras devido ao avanço do agronegócio sobre o que resta das áreas de florestas e até de preservação ambiental. Não parece ocupada em seguir as recomendações da Organização das Nações Unidos (ONU) para o meio ambiente. Uma maneira de tentar reduzir os efeitos das inevitáveis mudanças climáticas.

Mudanças climáticas que estão aí. O que vemos é o resultado das ações de pura ganância do poder econômico, que não liga a mínima para a questão ambiental e só pensa nos lucros, ignorantemente de estar, como se diz, “matando a galinha dos ovos de ouro”, da fábula antiga apreendida já na primeira infância.

*A reforma do vapor Benjamim Guimarães vem sendo usada politicamente. A última informação do presidente da Empresa Municipal de Turismo de Pirapora (Emutur) Elton Jackson, há mais de um mês, era de que o edital de licitação havia sido publicado e o dinheiro necessário para a reforma já estava assegurado, o que na realidade nada se confirmou. O vapor, o único no mundo movido a lenha, e segundo o professor Paulo Roberto Cardoso, é o símbolo da Marinha em Minas Gerais.