Nesta 2ª, pedido de cassação de Gabriel volta à baila na CMBH
A expectativa é quanto qual será a estratégia que o presidente da Casa usará para se livrar de ter de colocar em votação do próprio mandato. Na sexta-feira, ele escapou disso. E amanhã?
03-09-2023 às 19:30
Direto da redação
Quem acompanha a pendenga da votação do processo de cassação do presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH), a essa altura está com a pulga atrás da orelha querendo adivinhar qual será a estratégia do vereador Gabriel Azevedo para se safar dessa situação.
Na sexta-feira, 01, quando tudo estava programado para ser discutido, em sessão presidida pelo próprio Azevedo, ele e os aliados dele conseguiram arrastar a reunião por mais de cinco horas, sem ferir o regulamento da Casa, como nunca dirigiu sessão assim, segundo denunciou o vereador Juliano Lopes (Agir).
Na realidade, o que Azevedo e aliados fizeram foi preencher o tempo com outras coisas, com recursos e até mesmo canto de parabéns para quem fazia aniversário, e não sobrou espaço para que o presidente abrisse votação da sua própria cassação.
A estratégia deu certo, porque a intenção era empurrá-la para segunda-feira a fim de o presidente ganhar tempo e encontrar uma nova maneira de escapar e é nesse ponto que os leitores que acompanham o caso ficam com a pulga atrás da orelha.
O presidente da Casa teve mantida a presidência, mas não a realização da sessão de sexta-feira, e, certamente, passou o final de semana buscando uma maneira de se sair bem do que deverá acontecer nesta segunda-feira em plenário.
Ele foi acusado pela deputada Nely Aquino (Podemos) de abuso de autoridade, ela, que foi aliada dele na Câmara, pedindo a sua cassação. Quase concomitantemente, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), pediu investigação contra Azevedo e o procurador do Ministério Público de Contas, Glayson Massaria.
Diante do quadro, aguça a curiosidade do leitor saber a estratégia do presidente da Casa para encarar um início de semana de, como se diz, barra pesada, apesar de que a denúncia formulada pelo prefeito vai ficar em banho maria por 30 dias, dando tempo de ele e o procurador prestarem informações a respeito.
Pelo jeito, se se pode fazer alguma previsão, com uma margem de erro tanto para cima como para baixo, essas pendengas estão cheirando a novela. O Diário de Minas vai acompanhar os próximos capítulos.