
Créditos: Divulgação
01-10-2025 às 09h54
Direto da Redação
As mulheres estão cientes de que podem executar as mesmas funções profissionais que os homens, e um bom exemplo acontece na Marinha Brasileira, onde as primeiras mulheres operam blindado JLTV em grande exercício em Formosa.
Essas que assumem exercícios antes feitos por soldados fuzileiros estejam certas de que entrarão para a história da Marinha Brasileira como pioneiras na operação de viatura blindada JLTV ×4 (Joint Light Tactical Vehicle).
Agora, elas são as soldados fuzileiros navais, Ana Beatriz Lugon Loureiro e Jennifer Alves Assunção. Ambas atuaram na “Operação Atlas – Armas Combinadas”, em Formosa (GO). Participaram de um dos exercícios mais complexos do ano e demonstraram preparo técnico e competência.
Elas fizeram o “Estágio de Qualificação Técnica Especial de Operação da Viatura JLTV”, entre os dias 7 de junho e 14 de agosto, realizado no Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais, na Ilha do Governador (RJ). Na ocasião eram 12 militares, duas mulheres, elas, que entraram para a história da Força Naval.
Na teoria o abordou as características técnicas da viatura, os sistemas de segurança e procedimentos de manutenção preventiva. Os militares executaram manobras em diferentes terrenos, simulações de combate e protocolos de segurança, na fase prática.
A soldado Lugon operou o JLTV em campo e deu a sua opinião: “A rotina da operação exige atenção constante, trabalho em equipe e disciplina, o que traz confiança e preparo para atuar em cenários que demandam o uso da JLTV”.
A presença feminina na Marinha do Brasil ganha estímulo com a participação das pioneiras, embora desde 1980, com a criação do Corpo Auxiliar Feminino da Reserva, a Força Naval tem aberto espaço para mulheres em diferentes áreas.
Essa abertura às mulheres ficou mais visível ano passado, ocasião em que a Marinha do Brasil formou 660 novos soldados fuzileiros navais, dos quais 114 eram mulheres, com presença em todos os Corpos e Quadros da Força. Outra conquista histórica da mulher é encarnada pela contra-almirante (médica) Dalva Maria Carvalho Mendes, a primeira militar brasileira a chegar ao posto de Oficial-General, em 2012.
José Múcio Monteiro Filho, Ministro da Defesa, participou da edição de 2025 e recebeu da soldado Lugon um brinde institucional do Batalhão de Blindados de Fuzileiros Navais, que simboliza e representa a conquista feminina.
A Operação Atlas, além de fortalecer a integração operacional entre tropas de diversas regiões, deu mostras do valor da diversidade e da inclusão como maneira de ampliar a capacidade de resposta das Forças Armadas em missões de defesa, mas também em operações de paz, apoio à defesa civil e Garantia da Lei e da Ordem (GLO).