18-01-2025 às 11h21
Direto da Redação
Maçã é a nova tentação dos agricultores do Sul de Minas, região conhecida tradicionalmente pela produção de café de qualidade. Logo na primeira safra eles se surpreenderam porque colheram 30 mil toneladas.
A nova opção para o Sul de Minas é resultado de um projeto da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), com o intuito de diversificar a produção agrícola e melhorar a renda dos agricultores.
O projeto envolveu os municípios de Alfenas, Guaxupé, Monte Santo de Minas, Guaranésia e Aerado. Foram feitas compras de mudas em conjunto e a Emater-MG garantiu a assistência técnica aos agricultores desde o primeiro passo, a escolha da área de plantio até o manejo da plantação.
Kleso Franco Júnior, coordenador técnico da Emater-MG e responsável pelo projeto informa que Eva e Princesa foram as variedades plantadas desenvolvidas pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar). Essas variedades foram escolhidas devido a sua boa adaptabilidade ao clima da região com inverno menos rigoroso se comparado com o das regiões produtoras no Sul brasileiro.
“A produção de maçã exige dedicação e acompanhamento técnico. No primeiro ano de colheita, algumas plantas chegaram a produzir 15 quilos de frutos por pé, o que é muito significativo para uma cultura ainda em fase de teste nas propriedades dos agricultores”, comentou Kleso Franco.
Em dois hectares foram plantados 1.500 pés de maçã em Alfenas e Guaxupé, propriedades que também servem de Unidades Demonstrativas, abertas para receber visitas de outros produtores da região interessados em conhecer a cultura e suas técnicas de manejo.
A intenção do projeto é abastecer o mercado regional, com o fornecimento de frutas frescas. Essa produção inicial demonstrou o potencial à disposição para atendimento de ações institucionais, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), uma oportunidade de comércio de produtos da agricultura familiar para as escolas públicas.
A Emater estimulou, mas a proposta da instituição foi além da maçã porque um grupo de produtores investiu em outras espécies frutíferas de clima temperado aplicando a estrutura e o conhecimento adquiridos. O cafeicultor de Guaranésia, Luís Celso Pedroso plantou maçã, pêssego e uva, em uma pequena área de 0,5 hectare. Segundo ele, a ideia é testar qual fruta melhor se adapta ao local.