Lula traz R$ 121,4 bilhões do PAC para Minas
Lula disse que o PAC apresentado é resultado não da iniciativa dele, como presidente, que logo ao assumir o governo chamou os 27 governadores para listarem as necessidades de cada estado
08-02-2024 às 17:47h.
Direto da Redação
Com a apresentação dos investimentos que o seu governo está fazendo em Minas – R$ 121,4 bilhões – e no Brasil, o presidente em terceiro mandato, Luiz Inácio Lula da Silva promoveu uma movimentação diferente da usual de governantes outros, cheia de otimismo e confiança, que serve como amostra para o que poderá vir adiante.
É o Novo PAC, Novo Programa de Aceleração do Crescimento, o que de fato deverá gerar um impulso mais vigoroso para resgatar o País que foi maltratado na última administração.
O presidente deixou claro que as diferenças partidárias não podem dificultar a administração que pretende fazer pelo povo brasileiro. No primeiro momento, como enfatizou, teve de arrumar a casa porque a administração anterior deixou o País até sem orçamento, o que o levou a assumir a governança dois meses antes, com o apoio do Congresso Nacional, na pessoa do seu presidente, senador mineiro Rodrigo Pacheco.
Lula disse que o PAC apresentado é resultado não da iniciativa dele, como presidente, que logo ao assumir o governo chamou os 27 governadores para listarem as necessidades de cada estado e todos eles compareceram ao chamamento e algum tempo depois corresponderam ao pedido dele. Então, não é um projeto de governo, mas de atendimento da maioria das indicações que cada governador fez, independentemente de sigla partidária.
O presidente dizia isso tendo sentado ali à mesa o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, que dessa vez conseguiu ser político o suficiente para receber bem o visitante, ao qual pediu, ao falar antes dele, a sua ajuda para encontrar uma solução do impasse do acordo de reparação às vítimas do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, município da Região Metropolitana de BH.
Certamente, Zema irá aproveitar essa abertura dada por Lula em favor dos mineiros. Assim como o presidente que é de todos os brasileiros, Zema deve se espelhar nisso para ser governador de todos os mais de 20 milhões de mineiros.
“Já se passaram oito anos e conto com a parceria do presidente Lula para acelerar as tratativas para esse acordo”, lembrou o governador, dizendo que no caso do desastre da barragem de Brumadinho, “exigiu habilidade para fazer os culpados pagarem ao povo mineiro pelo prejuízo provocado e infelizmente ainda não tivemos o mesmo desfecho no caso de Mariana”.
Lula, ao vir a Minas para lançar o PAC deu ao público presente no Minascentro e a quem o seguiu ao vivo pela internet, um exemplo do estadista que é, pensando em reconstruir o País, acolhendo as propostas dos governadores em todas as áreas.
Com o seu jeito descontraído de falar, voz gutural, ele se confessou cruzeirense, apesar de saber que a maior torcida é atleticana, e nesse momento mexeu com toda a plateia.
A vinda de Lula a BH poderá facilitar a negociação da dívida de Minas com a União e a duplicação da BR-381, conhecida como a “rodovia da morte”.
Ele trouxe consigo o Chefe da Casa Civil, Rui Costa, que didaticamente mostrou cada um dos investimentos; o ministro de Minas e Energia, o mineiro Alexandre Silveira; a ministra da Saúde, Nívia Trindade; e o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, que pronunciou um discurso bonito, de quem nasceu em Minas e torce pelo bem estar dos mineiros. Politicamente, o Senado está alinhado com o governo federal, com o intuito de facilitar a governança.
Ele falou da importância das ações de governo federal dispensadas às regiões do Norte de Minas, vales do Jequitinhonha e Mucuri, relacionadas com o combate à seca. Disse também sobre a barragem do Rio Jequitaí, sempre adiada, e que desta vez será contemplada.
Por tudo, a vinda de Lula a BH, acompanhado da primeira-dama, Janja, foi importante porque ele pôde quebrar o gelo e demonstrar que nada tem contra Minas. Cabe Zema entender os recados que ele deu,