
Créditos: Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
20-10-2025 às 09h28
Direto da Redação*
Presidente embarca na terça-feira para Indonésia e Malásia; escolha de Jorge Messias para o Supremo e de Guilherme Boulos para a Secretaria-Geral deve ser oficializada nos próximos dias
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve anunciar até terça-feira (21) a indicação de Jorge Messias, atual ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), para o Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão deve ocorrer antes do embarque de Lula para uma viagem de uma semana à Indonésia e à Malásia.
Ao longo da última semana, Lula se reuniu com ministros do STF para ouvir opiniões sobre o perfil ideal para ocupar a vaga aberta com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso. Na terça-feira (14), o presidente recebeu Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Gilmar Mendes. Os magistrados alertaram que a Corte continuará sendo alvo de ataques e recomendaram que o indicado tenha firmeza na defesa da democracia e das instituições.
Entre os nomes avaliados, ministros da Corte demonstraram preferência pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), advogado de formação e ex-presidente do Congresso Nacional, que mantém boa relação com o tribunal.
Na sexta-feira (17), Lula jantou com Barroso no Palácio da Alvorada. Questionado sobre os possíveis indicados, o ministro afirmou que Messias, Pacheco e Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), estão preparados para assumir o posto.
Além da indicação ao STF, o presidente deve oficializar nos próximos dias a nomeação do deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, encerrando meses de especulações.
A escolha é vista como um movimento político estratégico para fortalecer a base de esquerda e ampliar a interlocução do governo com movimentos sociais e o eleitorado jovem. Boulos vem ganhando destaque em manifestações recentes, como os atos contra a chamada PEC da Blindagem e da anistia.
A permanência de Boulos no cargo ainda não tem prazo definido. A possibilidade de deixar o governo para disputar futuras eleições segue em aberto, assim como outros ministros que devem se desincompatibilizar para concorrer no próximo pleito.