
Lagoa da Pampulha, Belo Horizonte, MG. Créditos: iStock
30-09-2025 às 09h12
Direto da Redação*
A geração deste que “vos fala” é do tempo em que, aos finais de semana, principalmente, a Lagoa da Pampulha possuía águas honestas e então se podia ver competições no espelho d’água, campeonato náutico. Mas, com o passar do tempo e com a irresponsabilidade humana dos que poluíam os córregos Ressaca e Sarandi, que desaguam nela, são responsáveis por 70% da carga poluidora, isto é, todo tipo de sujeiras, desde humana às químicas. A água tornou-se podre. Sem contar que cerca de 5% das famílias na bacia não têm acesso à rede de esgoto,
É de se esperar que tudo isto já esteja resolvido, senão, depois de muito dinheiro mergulhado na lagoa, a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), em parceria com a Copasa, não estariam informando sobre a melhora na qualidade das águas da lagoa. Tanto deve ser verdade que vai oferecer um barco para “passeios turísticos gratuitos” na Lagoa da Pampulha.
Quem confirmou essa informação foi o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo) e Bárbara Botega, a nova secretária estadual de Cultura.
Mas não será uma embarcaçãozinha qualquer, a pretensão é oferecer um barco com capacidade de transportar 80 pessoas em passeios pelos 18 quilômetros de lagoa, a partir de dezembro deste ano ou senão em janeiro de 2026, ao custo de aquisição por R$ 1 milhão.
A Marinha Brasileira, por intermédio da Capitania Fluvial de Minas Gerais, braço da Marinha do Brasil, a essa altura deve acompanhar esse esforço para apoiar a medida, afinal, como diz sempre o professor Paulo Roberto Cardoso, o amigo mais amigo da Marinha que conheço, tudo que é relacionado com a água – do mar e das águas interiores – deve ter a participação da Marinha.
Na Pampulha será construído um cais de acesso dos passageiros ao barco, do tipo catamarã, que para quem não sabe é uma “embarcação leve formada por dois cascos independentes e paralelos. Os cascos são ligados entre si por peças transversais, formando estrutura sobre a qual se monta uma plataforma que pode conter uma cabine; pode ser a vela ou a motor”.
A volta da navegação na Lagoa da Pampulha é um marco importante. Irá, inclusive, reforçar o turismo do Conjunto Moderno da Pampulha, que é patrimônio cultural da Humanidade desde 2016.
Como assegura o vice-governador: “A Lagoa da Pampulha já está limpa. O processo realizado garante uma qualidade que, obviamente, não é para consumo humano, porque a água não foi tratada para ser potável, mas já está em um estado que garante vida”.