As hepatites virais são inflamações no fígado causadas por diferentes tipos de vírus. CRÉDITOS: Divulgação
04-07-2025 às 09h14
Direto da Redação*
O mês de julho marca uma importante mobilização em prol da saúde pública: a campanha Julho Amarelo, que tem como foco a conscientização sobre as hepatites virais — doenças silenciosas que afetam milhões de pessoas em todo o mundo. A iniciativa busca ampliar o acesso à informação, incentivar a testagem e reforçar a importância do tratamento precoce.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 325 milhões de pessoas vivem com hepatite B ou C, muitas sem saber que estão infectadas. Essa falta de diagnóstico precoce contribui para a progressão da doença e amplia os riscos de complicações graves, como cirrose, insuficiência hepática e câncer de fígado.
O que são as hepatites virais?
As hepatites virais são inflamações no fígado causadas por diferentes tipos de vírus. Podem se manifestar de forma aguda ou crônica, e seus sintomas, quando aparecem, incluem cansaço, náuseas, dor abdominal, urina escura, icterícia (olhos e pele amarelados) e fezes claras. Em muitos casos, a infecção passa despercebida, dificultando o tratamento e favorecendo a evolução da doença.
Formas de transmissão e tipos mais comuns
- Hepatite A: transmitida por alimentos e água contaminados (via fecal-oral).
- Hepatites B, C e D: transmitidas por contato com sangue contaminado, relações sexuais sem preservativo ou de mãe para filho durante a gestação ou parto.
- Hepatite E: também se dá por via fecal-oral, mais comum em áreas com saneamento básico precário.
Conscientização e combate ao preconceito
Um dos pilares do Julho Amarelo é combater a desinformação e o estigma associados às hepatites, especialmente os tipos B e C. O preconceito pode levar ao isolamento e à recusa do acompanhamento médico. Por isso, é essencial capacitar profissionais da saúde e sensibilizar a população.
Ações e serviços oferecidos pelo SUS
Durante todo o mês de julho, campanhas educativas, testagens em massa, vacinação contra a hepatite B e distribuição de preservativos são promovidas em diversas cidades do país. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece testes rápidos e gratuitos para detecção das hepatites em unidades básicas, além de medicamentos para os tipos B e C.
Apesar disso, desafios persistem: o acesso ao tratamento ainda é desigual em algumas regiões, devido à falta de médicos especialistas, burocracia nos exames complementares e baixa procura por testagem.
Tecnologia como aliada na luta contra as hepatites
A inovação também tem papel importante na ampliação do acesso à saúde. Soluções como a telerradiologia, que permite a análise de exames de imagem à distância, têm agilizado diagnósticos, especialmente em locais com poucos recursos. A integração entre tecnologia e atenção humanizada pode ser um diferencial no enfrentamento das hepatites.
A prevenção ainda é o melhor caminho
Vacinação, uso de preservativos, testagens regulares e cuidado no manuseio de objetos cortantes são medidas essenciais para evitar a transmissão. Além disso, o envolvimento de escolas, empresas, famílias, influenciadores e mídias é fundamental para fortalecer as mensagens da campanha e ampliar seu alcance.
Neste Julho Amarelo, o apelo é claro: informação salva vidas. Quanto mais se fala sobre hepatites virais, mais pessoas se conscientizam, se previnem, se testam e têm acesso ao tratamento adequado.
