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16-07-2025 às 09h33
Direto da Redação*
Apesar de sinais positivos em setores como a agropecuária, o Brasil continua enfrentando dificuldades para controlar a inflação. Dados atualizados do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de junho indicam uma alta de 0,20%, número inferior ao de meses anteriores, mas ainda insuficiente para aliviar as pressões acumuladas sobre o custo de vida da população.
O Ministério da Fazenda atualizou a projeção de inflação para o ano de 2025 para 4,9%, ultrapassando o limite da meta estipulada pelo Banco Central, que é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O mercado financeiro, por sua vez, segue mais pessimista e projeta que o índice feche o ano em 5,17%, conforme o último boletim Focus.
Entre os fatores que mais impactaram os preços no mês de junho estão as tarifas de energia elétrica, impulsionadas pelo acionamento da bandeira tarifária amarela, além de aumentos localizados em setores como serviços e alimentação fora do lar.
Embora o crescimento econômico também tenha sido revisto positivamente — com o PIB agora estimado em 2,5% para 2025 —, especialistas alertam que a inflação persistente pode afetar a capacidade de consumo das famílias e adiar decisões sobre redução dos juros.
A combinação de crescimento moderado com pressão inflacionária representa um dos maiores desafios da política econômica neste segundo semestre, especialmente em um cenário global ainda instável e com juros elevados em várias economias.